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O TOP 10 da minha intolerância

sábado, 10 de outubro de 2009



10 – Palhaços
Eu realmente odeio, odeio muito palhaços. Quando se é criança eles até tem a sua razão de ser. São coloridos, brincalhões, babacas pra caralho, ou seja, são como a maioria das crianças. Funcionam muito bem como entretenimento até uns 10, 11 anos, ou se no caso a criança é completamente imbecil, mas não há coisa mais irritante do que você estar fazendo compras no calçadão ou indo ao cinema no shopping e ser abordado por um palhaço cretino, soltando suas ridículas piadas repletas de bordões batidos e despropositais. Ele não precisa nem mexer com você (o que quando acontece, para mim é o mesmo que a morte), basta ele estar lá pra conseguir me tirar do sério.

09 – Minas e manos do RAP/gueto
Antes de qualquer coisa, gostaria de deixar claro que não sou racista.  Ser “mano” ou “mina” hoje em dia é um estilo de vida, não tem nada a ver com a cor da pele. Um estilo de vida totalmente deplorável, mas ainda assim um estilo de vida.
Sou da opinião que o RAP como “arte”, morreu há muito tempo. Todo aquele lance de crítica social e tals foi substituído por contos de vida bandida e ostentação de revolta e até mesmo um complexo de superioridade, movido por um real complexo de inferioridade.
Mas deixando o RAP de lado, manos e minas são por sua natureza, vulgares, tem um péssimo gosto pra roupas, um linguajar tenebroso além de na maioria das vezes, terem uma limitação intelectual absurda. O que me leva à 8ª posição:

08 – Gente burra
Eu não sou nem de longe um exemplo de sabedoria ou extrema inteligência. Quando falo de gente burra, não falo de gente que não sabe ler nem escrever, que não sabe fazer contas. Eu mesmo aos 33 anos e com um curso de técnico em informática, não sei direito da tabuada do 6 pra frente. Conheço um monte de pessoas que não falam o português correto e são um exemplo de sabedoria e vivência.
Falo daquelas pessoas que são burras porque querem ser burras. Porque para elas é mais fácil ser burras do que fazer algum esforço de compreensão das coisas.
O pior é quando elas são burras metidas a inteligentes. Querendo opinar sobre assuntos sobre os quais não tem um mínimo de conhecimento ou mesmo lidar com coisas que não fazem idéia de como lidar. Um exemplo disso são aquelas pessoas que querem enviar um e-mail pra alguém sem que elas mesmas possuam um ou, se possuem, tem a mania de digitar o mesmo na barra  de endereços do navegador. Pior, não fazem idéia do que seja um navegador. Tratam o mesmo carinhosamente como “janelinha da internet”.

07 – Extroversão forçada
Desde que me conheço por gente  fui tímido, introvertido, uma ostra. Tinha vergonha de tudo e todos, vivia olhando pro chão e preferia tomar veneno a interagir com alguém.
Muitos anos depois, com a ajuda de psicólogo e uma boa dose de autoconhecimento, melhorei bem. Hoje converso normalmente com as pessoas, conto piadas e tudo o mais. Contudo acabei me tornando uma pessoa pacata, mais reservada, “na minha”.
Acho importante você ser uma pessoa extrovertida, comunicativa, isso abre muitas portas. Todavia, se tem uma coisa que além de me irritar demais, me deixa muito desconfortável, é aquele tipo de pessoa que faz questão de mostrar pra você que ela existe, que é descolada e gente boa. Aquele tipo que fica a noite toda gargalhando, gesticulando, contando piadas e o pior, rindo das próprias piadas que conta. Só falta a ele subir na mesa do barzinho com uma placa pendurada no pescoço com os dizeres: “GALERA, POR FAVOR ME AMEM, PRESTEM ATENÇÃO EM MIM. SOU LEGAL E ENGRAÇADO!”

06 – Idioma e escrita “miguxêis”
Eu tenho pra mim que a tecnologia emburreceu as pessoas. Principalmente os que já são burros por natureza (vide top 08 da lista).
Realmente chega a despertar os meus instintos homicidas quando recebo recados ou falo com alguém no MSN adepto do “miguxêis”. As meninas que me desculpem, mas até agora é só com elas que constato essa imbecilidade.
Deus, qual é a graça ou a fofura de se escrever palavras como “xáu”, “miguxo”, “bxim” ou em alguns casos, escrever como se fosse uma criança mongolóide de 5 anos de idade?
Intrinsecamente ligado a isso está o meu top 05:

05 – Substituir palavras inteiras por emoticons no MSN
Que me desculpem novamente as meninas, mas isso também é muito natural delas.
Chega a desestimular qualquer que seja a conversa, quando você é obrigado a dar uma de Indiana Jones e ter de perder às vezes mais de um minuto tentando decifrar uma frase de cinco palavras, a qual deveria ser simples, pelo simples fato de 70% dela ser formada unicamente por emoticons.
Interessante é que se você for ver, a maioria dos emoticons usados não tem absolutamente nada a ver com as palavras em questão.
Na maioria das vezes a garota acaba ofendendo-se com a sua demora para responder, contudo, seria interessante se ela se tocasse que a culpa disso é dela, já que interpretar hieróglifos não é bem a sua praia.

04 – Acelerar carro ou moto para mostrar a “potência” da máquina
Esse tipo de imbecilidade também é típico de pessoas citadas no top 07.
Lugar de correr é na pista de corrida. E não to falando isso por moralismo não. Sou bem imoral. Um dia conto meus podres aqui.
Ter carro e moto deve ser legal. Eu mesmo, se não me cagasse de medo de motos, adoraria aprender a pilotar. Me pouparia uma grana de ônibus que eu poderia gastar com gasolina.
Pilotar e dirigir por necessidade tudo bem, mas fazer isso por status é a coisa mais ridícula do mundo. Cantar pneus, fazer roncar o motor, acionar o “super turbo”. Não tolero nem mesmo aqueles caras que inventam de colocar uma aparelhagem de som super potente na traseira do veículo. Não vejo utilidade nenhuma em nada dessas coisas, que não seja se exibir, geralmente pra catar mulheres ou pra compensar pinto pequeno.

03 – Alguns tipos de filmes nacionais
O cinema brasileiro já foi pior, num período em que fazia apenas filmes da época do império, filmes de índios e suas tão famosas pornoxanxadas (se bem que confesso ter batido muita punheta na minha pré-adolescência assistindo a essa última, na Sessão das 10). 
Melhorou com o passar dos anos. Hoje temos excelentes filmes como Central do Brasil, Se eu fosse você, entre outros. Mas como para toda regra há uma exceção, virou modinha dos cineastas agora fazer filmes sobre a nossa “realidade cruel”. Cidade de Deus, Cidade dos homens, Carandiru, etc. Tudo bem, atuações legais, realistas, mas devido ao top 09 e um pouco ao top 08, realmente é o tipo de filme que me irrita. Primeiro por ser modinha mesmo. Se acontece alguma tragédia, se algum fato social polêmico fica muito tempo na mídia, pronto, vira filme. Segundo, pela tentativa de humanização do crime e de criminosos.  Mostrando como é dura e penosa a vida de presidiários, como os traficantes do morro também tem suas crises existenciais e seus traumas de infância que os tornaram o que são hoje. Isso vai poder ser visto na ocasião do lançamento do filme Salve Geral. Veja a crítica dessa futura bagaça clicando aqui.

02 – Bullyng
Sempre fui vítima de chacota na escola por conta do meu jeito de ser. Garoto tímido, magrelo, orelhudo, inseguro. A vítima perfeita para os espertalhões e valentões de plantão. Tinha meus peitinhos beliscados várias vezes por dia e minha nunca estapeada antes mesmo de surgirem essas modas do “peitinho” e do “pedala”. Já ouvi coisas chatas do tipo: “Nenhuma garota jamais vai querer beijar você com esses seus dentes tortos” e “Putz cara, me desculpa, mas você é feio mesmo heim?”.
Esse tipo de coisa machuca e deixa marcas pelo resto da vida. Tanto é que hoje aos 33 anos nunca namorei na minha vida e jamais beijei.
Hoje tenho nojo dessas pessoas que humilham os mais fracos, que usam de sua pseudo-superioridade para fazer com que o outro se sinta menos que um pedaço de merda seca.

01 – Casais felizes
Sou um maldito filho da puta frustrado invejoso do caralho! Estou errado, sim, completamente. Como sou totalmente travado com mulheres, absurdamente tímido, um poço de insegurança, estou até hoje bem mais do que encalhado nesse sentido. E apesar de saber que a culpa é minha e que só eu, superando meus medos serei capaz de vencer isso, tenho um total desprezo por casais de namorados apaixonados e felizes. Sinceramente quando vejo algum na rua, mesmo que estejam apenas andando de mãos dadas, mesmo que estejam a dois quarteirões de distância de mim, tenho vontade de sacar um revólver e dar um tiro na cabeça de cada um ou, numa hipótese melhor, que algum carro invada a calçada e prense os dois contra o muro de concreto.
Meus amigos dizem que eu ainda vou pagar pela minha boca. Que vou arrumar uma namorada e ficar tão ridiculamente apaixonado e dependente dela quanto os casais os quais tenho nojo. Eu rebato esse argumento deles dizendo que eu já sei disso. Eu acredito me conhecer muito bem. Sei o que sinto. Toda essa minha inveja e revolta é simplesmente porque eu queria ter o que eles tem, compartilhar o que compartilham, ser tão babacas e românticos quanto eles são. Mas, enquanto essa ocasião não chega, vou ser aquele que fica gorando o namoro e a felicidade do alheio.

3 Divagações

  1. Analisando seu blog, seu modo de ser, sua idéia de vingança e justiça, seus "amigos" babacas, seu bloqueio em relação às mulheres e esse top 10, diria que sou uma espécie de versão feminina de você. Também era motivo de piadas, também sou travada, odeio as mesmas coisas do top 10, tenho ex-amigos babacas, cansei de implorar de volta a amizade que quem não merecia, e tenho o mesma idéia de vingança...

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  2. O problema é que eu só fico na idéia. Gostaria de poder vingar-me de verdade.

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  3. Eu concordo com todos os 10! Palhaço sempre tive medo, ainda mais depois de ter assistido ao filme IT com 8 anos de idade. O internetês de hj está pior do que na época do MSN, como eu tenho raiva de gente que abrevia 9 a cada 10 palavras. Sempre tive inveja e raiva ao mesmo tempo de pessoas muito extrovertidas que fazem de tudo para chamarem atenção do outros e ser amigo de todo mundo. E como sempre fui tímido, ninguém queria saber de se aproximar de um cara sem graça como eu. E por causa disso, às vezes sofria bullying e me sentia rejeitado. O funk hoje é o câncer da sociedade (brasileira, pra ser mais específico). Como me enoja esse povo que fica fazendo apologia a violência, sexo e ostentação. As meninas a partir dos 11 anos já, quase seminuas dançando aquelas músicas horríveis e se esfregando nos machos. Não existe povo mais acéfalo que esse. É isso, ótimo post!

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