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Sobre costas pesadas, sorvetes gelados, valorizar coisas simples e Karatê que vira kung fu.

domingo, 29 de agosto de 2010

Final de semana bastante agradável. Parado, mas agradável. Isso me faz ver que muito aos poucos estou melhorando meu modo de encarar algumas coisas. Antigamente eu tinha crises de depressão terríveis todos os finais de semana por ficar sozinho e não ter aboslutamente nada pra fazer ou me distrair. Trabalhava a semana toda ansioso pelo final de semana, mas quando ele chegava eu ficava os dois dias em crise, voltando a trabalhar na segunda, totalmente desgastado.

Meus sábados e domingos não se tornaram maravilhosos do dia pra noite, na verdade alguns deles continuam tão monótonos e vazios como sempre estiveram, mas quando você passa a enxergar as coisas de forma diferente, também passa a sentir as coisas de um jeito diferente. Realmente o que dizem é verdade, quando você não espera nada, não faz expectativa sobre nada, para de sofrer tanto. Recentemente tenho vivido meus finais de semana esperando no máximo poder descansar a cabeça dos dias de trabalho. Como fazer isso? Não sei.
 

A sexta já foi legal por causa daquele almoço dos Correios. No sábado, minha prima veio visitar-nos e acabamos ficando por aqui mesmo vendo filmes. Como eu disse, não tinha pretensão de fazer nada grandioso. Não tinha planos de sair pra nenhum lugar nem nada, então colocamos um filme e ficamos o dia todo deitados na sala assistindo. Mais tarde fomos tomar um sorvete. Caraca, só quando eu tomo sorvete é que me dou conta de como é uma coisa que faço uma vez ou outra apenas. Não porque eu não goste, mas sei lá, tantas outras coisas na cabeça que a gente nem faz mais uma pausa pra sentar na mesinha de uma sorveteria e sorver uma casquinha. Incrível como as vezes coisas simples fazem toda a diferença. As vezes essa minha mania de dar tanta importância aos detalhes pequenos me faz sentir bem, pois vejo que hoje em dia a maioria das pessoas não é assim, não tem tempo pra nada, sempre correndo, preocupando-se apenas consigo ou com quem lhes interessa. De certa forma isso me faz perceber também o quanto fico invejando pessoas que não tem tantas qualidades assim. Me faz ver o quanto me centrar mais em eu mesmo deixa o peso nas minhas costas bem mais leve.

O domingo passei sozinho. Minha mãe e tia foram novamente pra Jaú visitar uma senhora e eu aproveitei pra ver meus pornôs sossegado e após o almoço pegar um cineminha. O filme dessa vez foi o remake do clássico Karatê Kid. Alguém se lembra? Daniel San, Sr. Miyagi, pinta cerca, encera carro? Pois é, bons tempos.

Eu sinceramente estava com um "pé atrás" muito grande com essa "refilmagem", se é que se pode chamar assim, já que do clássico filme, quase nada sobrou.
Quando chegou aos cinemas na década de 80, o Karatê Kid original com Ralph Macchio no papel de Daniel San e Pat Morita como o carísmático Sr. Miyagi, enviou aos tatames do mundo todo uma horda de adolescentes fervorosos em aprender as técnicas do karatê. Quem é que não se lembra do treinamento do Daniel Larusso, pintando a cerca do velho mestre, encerando seu carro, para no final descobrir que tudo isso serviu para seu crescimento espiritual, físico e também pra praticar os movimentos do Karatê.
Essa versão renovada de Karatê Kid foi na verdade bolada pelo casal de atores e produtores Will Smith e Jada Pinkett-Smith, como forma de impulsionar a carreira de seu filho Jaden Smith.

Dre Parker (sim, Daniel San já era) é um garoto de 11 anos que se muda com a mãe para a China e passa a enfrentar dezenas de dificuldades para se adaptar a nova vida, desde o idioma totalmente diferente até a cultura do povo milenar. Como todo o novato deslocado, torna-se vítima dos valentões da escola tornando-se o saco de pancadas dos garotos, alunos de um perverso professor de kung fu (sim, o karatê já era). A mudança na arte marcial não é a única modificação gritante em relação ao roteiro original. Como eu disse, pouquíssima coisa é mantida além do rival valentão (que ganha ares ainda mais sádicos por ser interpretado por outra criança na faixa etária de Jaden, o chinês Zhenwei Wang) e do torneio final.
 


A idéia de deslocamento e o isolamento social do personagem foram bem mais explorados e aprofundados nesse remake, um ponto que eu achei interessante. Negro e sem saber uma palavra de chinês, Dre vê sua vida transformada num irferno.
Destaque para os pontos turísticos belíssimos da China que no filme servem de cenário para o treinamento de Dre.
Apesar de completamente diferente, em minha opinião esse novo Karatê Kid não deixou a desejar. Jackie Chan mostrou que não é apenas um palhaço acrobata, sabe fazer papéis mais sérios e tem uma veia dramática até bem forte, quase conseguiu me fazer chorar. Jaden Smith apesar de meio raquítico e com cara de bezerro desmamado, conseguiu me convencer como aprendiz de kung fu e me fez rir muito. Apesar de não gostar de filmes dublados, tiro o chapéu pra dublagem desse filme, que ficou muito boa. Que venha o Karatê Kid 2 então.







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5 Divagações

  1. Olá, pretendo assistir com minha filha Karate Kid, ela quer ver. Já reservei o anterior para que ela conheça tambem! Sobre sorvetes, hummm na barra tem Frutos do Cerrado, que delicia! Deve tentar provar se gosta de frutas diferentes, tem algumas que são um show!

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  2. Ei, não fale mal do Jackie Chan! É por causa dele que vejo filmes de artes marciais, acho a 'Linha Bruce Lee' muito mal-humorada...

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  3. adorei a parte do karate q vira kong fu...haha
    o q vc escreve é SEMPRE bom.

    bjs

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  4. Um final de semana diferente renova a alma para a nova semana. Sorvete e cinema, não tem nada melhor em. Abraços.

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  5. Que bom que vc está melhor. Mas sobre o filme, não lembro como era. Apenas lembro que na época fez muito sucesso e eu ouvia as pessoas comentarem sobre ele, lembro que assisti, mas não lembro de nada do filme, tem muito tempo isso. Mas já está na lista dos filmes que pretendo ver.Bjos.

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