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Sobre grandes mistérios da humanidade humana, suar em bica e carros indestrutíveis

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Realmente não entendo qual é a de certos produtos de higiene pessoal. O papel higiênico por exemplo, todo mundo sabe que a principal função dele é uma coisa bem nojenta: limpar o cocô da bunda. Um trabalho necessário, mas desagradável. Você pode ser um advogado, político importante, artista famoso, mas quando você está no banheiro cagando e depois vai limpar sua bunda é que percebe o quanto tem tanta coisa estragada por dentro como todo mundo. O papel higiênico ser macio tudo bem, afinal ficar ralando a bunda com algo que pareça um papel de pão não é nada agradável. Já é chato ter que cagar, então que pelo menos se limpar seja gostoso. Mas qual é a dos cachorrinhos fofinhos, ursinhos e ovelhinhas nas embalagens? E o cheirinho perfumado de flores? Pra que fazer um papel higiênico com cheiro de flores do campo se imediatamente ao ser usado ele vai ficar com o cheiro de banheiro público? Dos muitos mistérios da humanidade que acho que vão ficar sem solução por gerações acho que esse é um deles. Pra deixar o banheiro cheirosinho eu acho que não é. Pra isso tem aquele negócio ridículo que solta cheirinho, da propaganda do moleque que fala que quer fazer cocô na casa do Pedrinho. No fundo eu acho que o que acontece é que os dois são namoradinhos e o lance do negócio perfumado é desculpa.


No último final de semana caí em crise braba de depressão novamente. Com o calor absurdo que fez tudo ficou ainda pior. Como sempre, não tinha onde sair e nem com quem sair. Nada de interessante nos cinemas e a internet vazia. Tudo o que pude fazer foi ficar deitado no sofá de manhã até a noite, entrando de vez em quando no msn pra ver se tinha alguém online e suar em bicas. Nem sair pra caminhar dava, porque o sol estava castigando tanto que sair do portão pra fora já machucava.
Um dos motivos pelos quais decidi finalmente procurar ajuda psiquiátrica é que amigos, não é apenas modo de falar, mas a solidão dói. Não estou falando metaforicamente, ela dói mesmo, fisicamente, de verdade. Sintomas de sempre: aperto no peito, palpitação,, falta de ar, dor de cabeça, é horrível. Se eu continuar com esses sintomas cada vez que eu tiver uma crise eu vou acabar pegando uma doença séria de verdade, tipo uma úlcera ou até mesmo (Deus me livre) um câncer. As pessoas ficam doentes de desgosto o tempo todo, isso hoje é normal.
Se eu realmente começar a tomar algúm tipo de medicação e ela me ajudar a acalmar, pelo menos talvez seja uma preocupação a menos.
Minhas preocupações na verdade não são piores do que as de qualquer cidadão comum. Solidão, desemprego, medo do futuro, quem é que não sofre ou já sofreu disso? Não sou mais vítima ou sofredor que ninguém, só que devido ao meu estado psicológico atual, problemas comuns como por exemplo, esquecer onde coloquei o celular me deixam pirado na batatinha.


Papéis higiênicos e finais de semana à parte, todo mundo aqui sabe que adoro bons filmes, bons diretores e que de uns tempos pra cá passei a falar direto sobre isso aqui, já que ando desistindo mesmo de reclamar tanto de pessoas irrelevantes. Vou ter que achar outro modo de chamar a atenção delas, que não o blog.
Finalmente aluguei um filme que faz muito tempo estava curiosíssimo para assistir, por se tratar de uma obra de um de meus diretores preferidos, Quentin Tarantino. Virei fã dele desde Kill Bill volumes 1 e 2. E olha que ainda nem assisti seus clássicos mais antigos, como Pulp Fiction. O filme que aluguei nessa semana foi Á prova de morte, com Kurt Russell.

À prova de morte faz parte de um projeto dos diretores Quentin Tarantino e Robert Rodriguez (Predadores), o projeto "Grindhouse". Esse é um projeto em duas partes, cuja primeira foi Planeta Terror, um filme trash de zumbis. Na verdade os dois filmes deveriam ter sido lançados no Brasil na mesma época, mas acabou que À prova de morte só chegou aqui nesse ano mesmo, para a fúria total dos fãs de Tarantino e Rodriguez. O filme conta a história de três amigas que saem para se divertir e chamam a atenção de todos por onde passam, inclusive a do misterioso dublê Mike, um psicopata assassino de mulheres que se esconde atrás do volante do seu carro indestrutível. Após matar brutalmente um grupo de garotas, despedaçando-as num acidente, o maníaco parte atrás de suas próximas vítimas, outro grupo de garotas sexys e descoladas, mas dessa vez ele pode se dar mal, muito mal e tentar abocanhar algo maior do que pode engolir.

Como acontece em todos os filmes de Quentin Tarantino, você precisa estar preparado para assistir e saber mais ou menos o que esperar, pois ele é um diretor diferente e tem o seu estilo único e diferente de fazer filmes. Ou você gosta muito ou você odeia tudo ao extremo. Com À prova de morte não foi diferente. O filme é bom ao estilo Tarantino, mas comercialmente é inviável. Diálogos longuíssimos, detalhados ao extremo, situações nada a ver. Quase duas horas de filme e a ação só começa mesmo nos minutos finais, o resto é apenas conversa, conversa e conversa. Mas como sempre diálogos ácidos, fortes e dinâmicos, bem ao estilo do diretor. Não faltam também muito sangue, mebros decepados e palavrões. Em minha opinião não foi um dos melhores trabalhos de Tarantino, mas é interessante de se ver, contudo esteja munido de muita paciência, pois a trama (se é que existe alguma) se desenvolve lentamente.

Por hora é só. Um post fraco e simples. tavez no final de semana esteja mais inspirado a escever.





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4 Divagações

  1. Olá Edu!

    Perfeita sua divagação sobre papeis higiênicos, poderiasse fazer uma metafora sobre pessoas que são papeis higiênicos gostam de estar na merda, pense nisso daria uma ótima crônica.

    Quanto ao Tarantino fiquei curioso e vou pegar algum filme dele para assistir e prestar atenção nestes detalhes que vc falou.

    E força cumpadre não se deixe abater procure o médico, vou te contar um caso pessoal, minha mulher após ganhar o bebê ficou numa deprê desgraçada, foi ao médico tomou os remédios e voltou ao normal. E outro detalhe: é vc que tem que cuidar de vc.

    Quanto ao selo que vc me presentiou, no final de semana eu tomo posse dele e obrigado pelo selo.

    Até a próxima.

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Ola Edu, cara vc num tem noção eu me acabei de rir com a sua reflexão sobre o papel higiênico, isso daria um bom roteiro para um Siticom, bem no estilo "Os Normais", o lance do pedrinho também foi otimo.


    Cara eu acho, que o só em reconhecer que se tem um problema ja é o inicio da cura, boa sorte no seu tratamento tenho certeza que vai dar tudo certo.

    Cara em relação a cinema, vejo que vc fala com muita propriedade, e com uma alta visão analitica e critica, seus comentarios sobre os filmes que ve são muito bons, eu acho até que vc poderia se dedicar mas a isso, ou derrepente quem sabe até criar um outro blogue que trate só desse asunto.

    agora quanto ao Quentin Tarantino, cofesso a vc que tambem sou fã e que pra mim um dos melhores filmes dele que ja vi foi Pulp Fiction, Um Drink no Inferno, e kill Bill é claro

    eu num sei se vc ja assistiu Um Drink no Inferno
    mais esse filme o próprio Tarantino, dirige e atua tambem ja assistir umas trocentas vezes de tão bom que é.

    Pulp Fiction é uma obra genial. Grandiosa e pretensiosa também, mas que deu certo. Quentin Tarantino, provou que veio para revolucionar o cinema independente americano,acho que é uma obra que não pode faltar no curriculum de qualquer cinéfilo que se prese sendo fã ou não.
    só pelos grandes nomes que ele reuniu nesse fime ja vale apena assistir, John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e o proprio Quentin Tarantino que sempre faz uma pontinha nos seus filmes né

    agora esse que vc citou eu não tinha conhecimento vou dar uma confirida.

    grande abraço

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  3. Nossa, dei risada com a parte do papel higiênico pq já divaguei sobre isso tbm..ahaahha!

    Em realção ao filme, na verdade adoro dialogos ácidos, mas tem q ter um equilibrio, se não enjoa..rs e fica entediante..

    beijos, abraços!

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  4. Quentin é um bom diretor, Kill Bill é um dos melhores filmes que eu já vi, mas acho que À Prova de Morte, no final, poderia ter sido melhor. Eu entendo as críticas que ele fez à sociedade e são bem bacanas, mas o final... hm... que final foi aquele.

    Eu vi esses dias foi o Sweeney Todd, O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet. Eu acho ridículo filme-musical, e os efeitos de sangue... Poderiam ter sido melhores. Acho que se fosse uma história de atores e tudo, teria sido melhor.

    Como diz no filme, o homem cometeu um crime... O crime de ser ingênuo.

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