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Sobre construir um sonho, o dilema da balada, não crer no destino e a Iniciativa Vingadores finalmente!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Com a rotina da minha vida mal tenho sentido o tempo passar. Parece que foi ontem que fiz 35 anos no dia 26 de agosto e fui com uns amigos comer espetinhos. Hoje, me dei conta de que já estamos quase no meio de outubro, mais alguns dias e o ano de 2011 chega ao fim. Pela primeira vez em muito, muito tempo sinto que meu ano rendeu, embora pareça que não, coisas aconteceram que mudaram minha vida: fortaleci amizades, pude sentir como é ser realmente amado
por alguém, entre outras cousas. Ter mudado de emprego foi fundamental para esse sentimento de renovação. Não saí dos Correios porque quis, mas realmente o que dizem sobre mudança de ares, sobre experiências novas é verdade. Ficar muito tempo no mesmo lugar, seja em um emprego, em um relacionamento, em uma situação, por mais cômodo que pareça acaba juntando poeira e de tempos em tempos precisamos nos sacudir. Tenho pensado como de todas as coisas que fiz até agora e situações pelas quais fui obrigado a passar, nenhuma foi em vão e em como tudo está interligado e fez acontecer as coisas boas que tem me acontecido recentemente. Eu não acredito em destino, apenas acredito piamente que nada acontece por acaso.
Se não tivesse entrado no CTI, não teria aprendido a gostar de web design e talvez nem estivesse hoje cursando SENAI e nem trabalhando na área. Também não teria ganhado o meu primeiro computador dos meus professores e teria deixado de conhecer e fazer muita coisa, treinar minhas habilidades, deixado de conhecer pessoas, amigos virtuais. Se eu não tivesse optado por me afastar de todo mundo, talvez hoje ainda estaria neurótico, implorando a atenção de pessoas que não me dão o mínimo valor e para as quais sou e sempre fui irrelevante. Gozado como as vezes por mais perdidos que nos sintamos, no final das contas quando você faz um balanço de tudo, nada foi desperdiçado, só se transformou. Se essa sensação não é reconfortante, pelo menos é consoladora.


Vez ou outra por falta de opção melhor eu nos finais de semana mudando a TV de um canal para outro acabo deixando na Record, no programa do Gugu e fico assistindo aquele quadro Construindo um sonho, no qual ele constrói uma casa nova para alguma família pobre. Embora eu odeie os programas dominicais e a programação da TV brasileira de uma forma geral, confesso que esse quadro é meio hipnótico, pois é óbvio que os produtores do quadro são inteligentes e sabem que os telespectadores pobres adoram ficar olhando cousas que normalmente jamais poderão ter.
Uma coisa que sempre me pergunto enquanto vejo o Gugu mostrar a luxuosa nova casa à seus donos é: “Como é que essa gente humilde vai ter condições de manter esse luxo todo?” Pois vejam bem, geralmente quem ganha esse prêmio são aquelas famílias mais humildes, cuja casa velha está caindo aos pedaços e o chefe de família mal tem condições de pagar uma conta de luz, aí chega o Gugu, constrói aquela super mini-mansão, com luzes em todo lugar, banheira de hidromassagem, irrigadores no jardim, interruptores automáticos para as luzes, chuveiros, TV’s LCD gigantes, vídeo-game de última geração, enfim, tudo é alegre, mágico e colorido, a família é transportada para a Terra dos sonhos e todos se abraçam, choram e agradecem o Gugu pela graça alcançada.
Todavia e depois? E depois que tudo acaba, as câmeras são desligadas, a vida daquela família volta a sua rotina normal? Pouco dinheiro, as vezes pouca instrução. Como manter todo aquele luxo dado pelo programa por muito tempo? Fico imaginando que quando a situação começa a apertar eles devem ir se livrando das cousas aos poucos, vendendo uma mesa aqui, desligando um eletrodoméstico ali, porque realmente não faz sentido, não consigo imaginar como uma família de baixa renda, como é o caso da maioria das famílias que aprecem no programa conseguem manter o padrão de vida da casa que o Gugu lhes dá. Enfim, mero devaneio. Já que não sou eu quem tenho uma casa dessas, quero que quem tem, se dane.


Estou num dilema lascado o qual preciso resolver até próximo sábado a noite: Ir pra balada ou não. Mais especificamente uma boate.
Eu não sei o que quero, não sei o que faço, não sei se estou com vontade de ir realmente ou não. Há anos que não vou em uma balada e mesmo quando ia eu sou daquele tipo quietão, não gosto de barulho, agito, prefiro ficar quieto no meu canto observando tudo, observando o ridículo comportamento de vocês humanos.
Eu até gosto do ambiente de boates, baladas, mas prefiro barzinhos mais sossegados. Na verdade nem sei ao certo se já gostei alguma vez de boates, baladas ou se só ia pra ficar perto desse ou daquele amigo. Acho que se eu gostasse de verdade, teria ido sozinho ou teria pelo menos o costume de ir mais vezes, mas não, não sou assim, esse tipo de programa nunca me fez falta e ainda não faz.
Como disse na postagem anterior, estou querendo ir mesmo mais por curiosidade do que por vontade, mas o fato é que estou com medo. Sim, medo. Sei lá, é como quando você fica de muletas por muito tempo depois de um acidente e de repente precisa voltar a andar sem elas. Dá aquela insegurança, aquele medo de estar pisando em terreno desconhecido. Talvez seja só falta de prática mesmo, talvez eu indo, me sinta naturalmente a vontade, mas por enquanto não sei, a insegurança ainda é maior do que a vontade de ir. Por sorte não estou sendo pressionado por ninguém, meus amigos me compreendem e disseram que fica por minha conta ir ou não. Caso eu prefira um programa mais sossegado, poderemos fazer também. Contudo já disse que se eu aceitar ir, não pretendo me demorar, não quero passar a noite toda na balada e voltar pra casa depois com a cabeça zunindo. Chegando lá as onze da noite que seja, até umas duas e meia, três da manhã quero estar em meu leito.


E no início dessa semana, depois de meses de espera dos fãs, finalmente saiu o trailer oficial de um dos filmes de heróis mais aguardados para 2012, estou falando de nada mais nada menos do que The Avengers: Os Vingadores:




Apesar de dos quadrinhos da Marvel eu acompanhar mais os dilemas mutantes dos X-Men, sempre me liguei também nas tramas de outros heróis da casa, alguns mais outros menos, mas uma coisa que nunca pude ignorar foi (e ainda é) a importância dos Vingadores nesse universo. Acho que o que me chamou sempre a atenção neles foi o fato de que diferentemente dos X-Men, eles não são uma equipe que nasceu como uma família, que se conhecem desde muito tempo praticamente como irmãos. Apesar do forte espírito de fraternidade, os Vingadores são formados por membros muito diferentes com histórias e personalidades muito diferentes: Capitão América, o super soldado que lutou na segunda guerra mundial contra Hitler e depois ficou congelado durante décadas, o Homem de Ferro, multimilionário, gênio, playboy e filnatropo, Thor, o deus do trovão, a agente russa Viúva Negra, entre outros. 
Pode parecer coisa de fã, mas estou esperando muito desse filme, apesar de não ter gostado do filme solo de alguns dos integrantes. Adorei os dois longas do Homem de Ferro, gostei muito do roteiro de Capitão América - o primeiro Vingador, mas achei Hulk mais ou menos e Thor decepcionante, infantil e ouso dizer, até mesmo babaca. Em alguns casos os coadjuvantes roubaram as cenas se destacando mais do que os protagonistas, como Natalie Portman (Cisne Negro) como a namorada de Thor, Liv Tyler como Betty Ross no filme do Hulk e Scarlett Johansson como Viúva Negra no filme do Homem de Ferro. Detestei o fato de terem mudado novamente o ator que interpreta o Dr. Bruce Banner (Hulk), andam trocando mais de Hulk do que cobra troca de pele. Eu particularmente preferia muito mais o Edward Norton apesar da cara de mongol dele, mas vou dar um voto de confiança pro Mark Hufallo (Ensaio sobre a cegueira). O que estou mais ansioso por ver é a interação de Tony Stark, o Homem de Ferro com os outros personagens, já que Robert Downey Jr. se destacou e muito fazendo o herói. Bom, só nos resta agora esperar. Os Vingadores estréia em maio de 2012.



Eduardo Montanari Sobre o Autor:
Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática e trabalha como designer e web designer. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


4 Divagações

  1. Eduardo, penso que tudo é um tanto quanto interligado. As escolhas que fazemos hoje sempre têm consequências lá adiante. Cabe a todos nós tomar cuidado com elas, mas um passo em falso acaba afirmando muito de nós, e nos contentamos com isso. Abraços.

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  2. Eu não gosto muito do ambiente boate, não gosto na verdade das pessoas que frequentam. Eu, no tempo em que eu estava bebendo e saindo com uma amiga, ia pra um bar dançante com músicas que eu gostava (tipo Ramones), daí eu gostava de fato. Mas boate com músicas eletrônicas que repetem a mesma palavra um milhão de vezes é chato demais. Não podia nem beber porque bebidas em boates são sempre acima do normal.
    Enfim!

    Estou feliz por você, esse ano pra mim me rendeu muito também. Agora estou na faculdade tirando notas boas, e espero que minhas notas continuem assim até o fim do curso, rs

    Boa sorte! Abraço!

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  3. olha, só digo uma coisa: curtir a vida. E vamos que vamos... pq as coisas andam acontecendo... não dá pra perder. vá pra balada... faça o que tiver vontade, desde que seja bom pra vc e não prejudique outra pessoa. não é assim que tem que ser?

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  4. Toda mudança é sempre bem vinda!
    Mas, para que elas aconteçam, precisamos fazer algo de diferente em nossas vidas!
    Só lamentar ou esperar que algo de muito extraordinário aconteça, não rola!
    Pois não é bem assim, que a dinamica da vida acontece.
    Como você mesmo falou, uma decisão sua no passado, reflete hoje na vida presente.
    E é assim que a vida acontece, para todo ação haverá sempre uma reação, positiva, ou negativa, dependendo dos casos.
    Eu não gosto muito dos programas populares,pois elas vendem muita ilusão, e o pobre,veja bem, qdo digo pobre falo sobre as pessoas pobres de cultura, eles acabam acreditando de que, quem tem mais dinheiro deve fazer algo pelos que não tem.
    Ajudar é uma coisa, mas dar é outra, prefiro que alguém me ensine a pescar do que me dêe o peixe.
    Desta maneira poderei sobreviver as minhas custas no futuro, deixando a vida de pedinte,ou de dependencia de lado.
    E abomino este tipo de programa por esta razão, além de "iludir" o telespectador,eles fazem isto apenas para aumentar o IBOPE na audiência(falsidade ideológica).
    Puro capitalismo selvagem, as custas de um povo sem cultura e moralmente mais fraco.
    Acho que você deve ir para a boate,(melhor ainda se for uma boate gay, lesbica e afins, sabe nada convencional rsrsr) e se tiver desacostumado ninguém precisa saber.
    Vá meu amigo, encha a cara, beba como se fosse um gambá, e deixe a noite rolar.
    Precisamos relaxar e isto implica em sair da
    rotina, fazer coisas fora do comum.
    Extravassar é normal , o anormal é viver a vida numa rotina e fingir que tudo está bem!
    Mentira, ninguém é feliz vivendo uma vida
    rotineira!
    Trust in me!
    Sobre o filme dos vingadores, já estou excitado, adoro filmes de super herois, principalmente quando estão juntos.
    Sobre eu ter parado de comentar, vou te explicar, estava muito preocupado em "colecionar" seguidores, ou ter um número grande de comentários, em meu blog.
    Tudo isso me fez refletir que o propósito inicial do blog, é ser eu mesma.
    ESquecer dos números, estatísticas, ser totalmente livre, sem o compromisso da obrigação de comentar só porque alguém fez comentários, isto tava tornando o meu único espaço, onde eu posso ser eu mesma em comercial, ou seja algo falso e totalmente artificial.
    E ultimamente tenho reparado que certas pessoas só comentam quando faço comentários nos espaços deles.
    Eu não acho isso legal, eu comento quando tenho vontade, e gostaria que as pessoas também só o fizessem quando quisessem e não por obrigação.
    Dá pra sentir quando a pessoa age desta
    maneira, não estou culpando ninguém.
    Mas escrevo em meu blog, para exercitar
    a minha liberdade de ser livre, sem
    o compromisso de ser chato , como é uma
    vida muito certinha.
    Então hoje não ligo se não comentam se tenho poucos seguidores, a vida me ensinou que o mais importante ,é nós sermos nós mesmos.
    Mas mesmo assim muito obrigado por ter interagido .
    Atualmento , e como deve ter reparado, interajo melhor no facebook com todos os meus amigos reais e virtuais.
    Valeu Edu, abraços fraternos do amigo!

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