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Sobre terapias de choque curativas, Caipicervas saborosas e um presente para proteger os inocentes.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011



A eletroconvulsoterapia (ECT), electroconvulsivoterapia, eletroconvulsivoterapia, também conhecida por eletrochoques, é um tratamento psiquiátrico no qual são provocadas alterações na atividade elétrica do cérebro induzidas por meio de passagem de corrente elétrica, sob condição de anestesia geral. Desenvolvida por volta de 1930, hoje em dia é um método utilizado mais freqüentemente no tratamento da depressão grave, sendo também usada para tratar a esquizofrenia, a mania, a catatonia, a epilepsia e a doença bipolar. A literatura médica atual confirma que a ECT é um procedimento seguro, eficaz e indolor, para o qual continuam a existir indicações precisas.
Este método terapêutico é provavelmente o mais controverso dos métodos usados em Psiquiatria, tendo em conta a sua natureza, a história de abusos e a falta de informação. A aplicação de choques de pequena voltagem nas têmporas é polêmica e o método é ainda hoje associado negativamente a algum tipo de tortura, sendo por diversas razões contestado por muitos profissionais na área da saúde mental. Apesar disso, a ECT é uma técnica que pode ser usada com eficácia e está consagrada em muitos países.
A ECT foi introduzida na Psiquiatria numa época pré-farmacológica, e era usada freqüentemente em patologias como a depressão ou esquizofrenia, especialmente do tipo catatônico. Atualmente a técnica é recomendada para diversos quadros patológicos, nomeadamente nos quadros depressivos, com ou sem sintomas psicóticos, episódios de mania aguda, e menos freqüentemente na esquizofrenia. A ECT e empregada mediante o uso de anestésicos e relaxantes musculares.


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Cheguei a mais uma conclusão das muitas que sempre chego, nos últimos dias: eu não sei ajudar as pessoas como se deve. Tenho até boas intenções, me preocupo realmente com as pessoas que me importam, mas tenho percebido que me falta tato para lidar com seus problemas.
Sou mais ou menos como esses psiquiatras açougueiros de séculos passados, que com a intenção de ajudar acabavam muitas vezes piorando a situação do paciente com seus diagnósticos falhos e soluções extremas. Tratando com choques elétricos dolorosos o que poderia ser resolvido com um diálogo e compreensão.
Nem sempre eu fui assim, na infância e adolescência eu buscava ser uma pessoa amiga, compreensiva, apoiar a pessoa o máximo que conseguisse, pra variar, como sempre com a intenção de fazê-la gostar mais de mim, mas acho que o passar dos anos, ter encarar que a realidade não é assim e acima de tudo não receber um feedback das minhas ações, acabei ficando seco e frio. Por ter sido obrigado a encarar a realidade para aprender a mudar, acabo fazendo isso com as pessoas também, forçando-as a encarar a sua realidade da forma mais dolorosa e realista possível, para que parem de se iludir e caiam na real. O problema é que encarar a realidade quando você ainda não está preparado pra isso dói, além do que, destruir os sonhos de alguém, as esperanças nas quais ela se apega, mesmo que sejam poucas, não é ajudar, é cruel.
Na semana passada um amigo precisou de mim. Ele está passando por um momento difícil, não está se sentindo bem tanto física quanto mentalmente. De minha parte, eu tenho dito a ele que estou aqui para o que der e vier, que o ajudarei da melhor forma possível e que farei o que for preciso para que ele melhore. Contudo em contrapartida, quando ele chegou a mim desesperado, querendo chorar, desabafar, se abrir, eu o repeli, não apenas isso, mas também na maior parte das vezes em que ele vem desabafar comigo, tudo o que eu faço é apontar os seus erros, tentar mostrar pra ele o caminho errado que ele vem seguindo, dizendo que caso ele não melhore, coisas ruins podem acontecer. Ele vem a mim em busca de um pouco de luz e o que eu faço é mostrar pra ele o quão ruim é o fundo do poço, com a esfarrapada desculpa de que eu já passei por isso. Trato as pessoas com terapia de choque dolorosa, alegando de forma cruel que é para o seu bem.


Não sou de beber muito, mas quando bebo procuro sempre forrar o estômago com muita gororoba pra não passar mal depois. Geralmente funciona, embora não evite o gosto de cabo de guarda chuva na boca no dia seguinte e a sensação desagradável de que estou totalmente desidratado (álcool desidrata o corpo, pra quem não sabe).
No sábado passado fui com uns amigos a um point aqui de Bauru chamado Cachaçaria Água Doce, famoso por uma bebida a qual, de acordo com minhas pesquisas no tio Google, essa franquia mesmo criou, uma iguaria única que batizaram de “A Caipicerva”.
Já tinha ouvido falar dela algumas poucas vezes, mas sempre torci o nariz, pois era de minha opinião que caipirinha com cerveja seria uma mistura inusitada, explosiva e muito desagradável. Onde é que já se viu misturar duas bebidas tão distintas? Não tinha como ficar bom.
Sentamo-nos na mesa e junto com um boa porção de iscas de Tilápia pedimos a tão falada bebida, que para minha surpresa e um pouco de receio, veio numa taça gigante, do tamanho de minha cabeça. Imaginei uma pessoa bebendo sozinha algo daquele tamanho (pouco mais de 600 ml) e meu estômago se retorceu. De início a taça veio somente com dois, três dedos de caipirinha ao fundo, a borda repleta de sal e uma fatia discreta de limão decorativa. O garçom abriu a garrafa de cerveja e despejou todo o seu conteúdo na taça, misturando bem com a dose de caipirinha do fundo e eu lembro que enquanto via a cena eu pensava: “Não vou conseguir colocar um gole sequer disso na boca”.
O caso é que tenho um fraco por coisas bonitas e bem decoradas. Peguei a taça com receio (com as duas mãos) e provei, já preparando o paladar para o gosto amargo que eu supunha ter a bebida e então, surpresa surpresa. Desceu macio, suave, doce e muito, muito bem. Seja lá quem foi o gênio que inventou essa mistura está de parabéns. Não bebi toda a taça sozinho, lógico, dividimos os goles, mas olha que opinando agora, depois de provar a caipicerva, ouso dizer que pelo menos meia taça disso sozinho eu encaro.


Eu não me considero uma pessoa fútil, tampouco intelectual, estou como algumas pessoas, entre esses dois adjetivos. Minhas filosofias são de boteco, sem muito fundamento e baseadas em experiências pessoais, mas também sei que pelo menos metade das coisas que digo, minhas opiniões e ações tem sim algum valor, se não para os outros, pelo menos pra mim.
Não sou um exemplo de ser humano e nem de filho a ser seguido, sou falho e imperfeito em um monte de sentidos como quaisquer outra pessoa, inclusive você, mas na medida do meu possível tento andar na linha, mesmo não acreditando nas regras de moral e bons costumes impostas pela sociedade.
Com meu salário, procuro pagar minhas contas pessoais e as contas de casa sempre em dia, procuro não deixar faltar nada nem pra minha mãe, nem pra minha tia, trabalho, faço meu curso, enfim, tento ser um bom filho e um bom sobrinho na medida do possível, apesar de todas as desavenças que já tive com minha mãe. Não fumo ou uso drogas ilícitas, bebo socialmente (caipicervaaaa) e até hoje só tive uma relação sexual meia-boca na vida. Conclusão: eu mereço me presentear vez ou outra da forma que eu achar melhor.
Futilidade ou não, estou pouco me mijando, comprei pela internet uma coisinha muito legal, pela qual já paguei no ato da compra e estou agora esperando confirmação do pagamento. Nunca fui fã de compras online, pois tinha medo de que algo desse muito errado. Como confiar em algo que você não está vendo, uma negociação que você não está fazendo pessoalmente? Porém nos últimos meses fiz algumas compras, cousas pequenas e baratas e não me decepcionei. Sabendo escolher uma loja virtual bem conceituada e que ofereça um bom preço, descobri que em alguns casos compensa muito mais você comprar um produto via internet do que ir fisicamente à loja, principalmente em shoppings e adquirir o mimo. Foi o caso desse meu auto-presente, achei-o bem mais barato pela internet, mesmo tendo que pagar o frete economizei 30 reais. Agora, compra feita, logo receberei meu mais recente sonho de consumo. Do que se trata? Algo para servir ao público, defender a lei e proteger os inocentes.
É só por hoje.

Eduardo Montanari Sobre o Autor:
Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática e trabalha como designer e web designer. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


2 Divagações

  1. Ei Edu, uma vez você me falou que eu me cobro demais de mim mesmo,e que não deveria ser assim! Lembra?
    Agora é a minha vez, não podemos ajudar ninguém, as unicas coisas que podemos fazer é ouvir os seus "choramelos", pois a ultima decisão só caberá a própria pessoa.
    Como estava falando, ninguém pode fazer absolutamente nada por ninguem.
    Mas independendo dos teus métodos, só o fato de você estar ouvindo as lamúrias, alheia já é uma grande ajuda, as pessoas sentirão mais conforto, ao teu lado, acredite.
    Pois tudo está nas mãos do sofredor, e caberá a ele decidir ,mudar de disco ou continuar a sofrer.
    Você disse que o teu amigo te procurou, em busca de luz, mas você nem poderia dar a luz, pois você não está gravida e nem trabalha na companhia energética de bauru/light!
    E você fez certo, quero dizer na minha opinião , amigo é aquele que fala a verdade, por mais dolorosa que seja, parabéns!
    E ainda que ele tenha se doido , com o conteúdo da sua analise comportamental, depois com a cabeça mais fria ele irá entender, tenha a certeza disto!
    Capicerva! Eita que o meu amigo está virando alcoolatra! Brincadeiras a parte, é bom experimentarmos de tudo nesta vida, POIS ISTO NOS FAZ NOS SENTIRMOS VIVOS!
    Afinal de conta, dos gostos bons e ruins , sempre permanecemos com a melhor experiencia,e é o que nos faz humanos, acredite!
    Meu amigo, me responda!
    QUEM TE CHAMOU DE FUTIL?
    Se alguém insinuou tal ABSURDO, esta pessoa deve se doer muito com a tua PERSONALIDADE MARCANTE!
    SESSÃO RASGA SEDA!, ARE YOU READY?
    LET'S GO:
    Te acho um exemplo de vida sim, você não meche com ninguém, não fala mal de ninguém!
    Só vive em constante conflito consigo mesmo!
    Mas mesmo assim faz o melhor de sí , dá o melhor de sí!
    E eu admiro isso !
    Mas acima de tudo admiro, porque você é o homem da casa e faz isso com muito ESMERO!
    Provendo, tudo a sua mãe e tia.
    Não tenho feito muitos comentários, aqui nem em outros blogs amigos,mas isto NÃO SIGNIFICA QUE NÃO TENHO LIDO OS TEUS SENTIMENTOS E PERCEPÇÕES DO MUNDO!
    OK?!?!?!
    É que não gosto da idéia ou a sensação de obrigação de ter que fazer comentários só porque fulano ou beltrano fez no meu blog!
    Só escrevo quando sentir a necessidade,conforme esta crônica!
    E você tem razão, comprar pela internet é tudo bem mais barato,
    pois não pagamos a comissão do pobre vendedor.
    Eu já faço compras online há um bom tempinho, SÓ QUE TEMOS QUE TER UM CUIDADO, NA ESCOLHA DOS SITES, OK!??!?!?
    Abraços meu amigo fique bem consigo mesmo, e TIRE DA
    CABEÇA , VOCÊ NÃO É FUTIL NÃO!
    AQUI EM SAMPA, TEM UM MONTE DE GENTE FUTEL,
    E SE UM DIA VOCÊ TER O DESPRAZER DE CONHECE-LOS.
    PERCEBERÁ O QUE SIGNIFICA O TERMO FUTILIDADE
    EM PESSOA!
    ABRAÇOS FRATERNAIS DO AMIGO QUE ADMIRA MUITO A
    TUA PERSONA!
    Paulo RK

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  2. Também não me considero um bom ombro para se afogar as mágoas, mas as pessoas simplesmente me procuram e eu nunca soube dizer "não". Mas no fim das contas, depois de ouvir muito, meu único conselho para todos os casos é o que eu levo pra mim mesmo... "poderia ser pior" E é fato! Não importa quem seja, sempre haverá alguém em uma situação pior. É horrível em pensar nesse tal alguém, mas é uma verdade.
    Adoro a Água Doce, e a isca de tilapia deles então.. hummm. Ainda não provei essa caipicerva, mas agora fiquei com vontade.
    Compras pela internet? É o que há!

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Muito obrigado por comentar. Sendo contra ou a favor de minhas opiniões, as suas são muito interessantes para mim. Tenha certeza!