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Sobre ser expelido pela vagina para uma vida injusta, bonecos de ação muito queridos, sobrecarga de trabalho e possíveis shows em meio ao arco-íris.

domingo, 12 de agosto de 2012

Os dias vão passando e aos poucos vou me convencendo de que a vida precisa continuar. Ainda estou muito deprimido pelo término do meu relacionamento, mas não tenho muitas opções para essa situação, não posso ir até a pessoa e ela também, além de não poder, não tem interesse em vir até mim, talvez nem futuramente, então ou eu fico paralisado, lamentando o fato de eu ter sido “largado” ou eu toco a vida pra frente, pois ando com bastantes coisas pra resolver e provavelmente daqui a uns meses terei ainda mais, caso realmente ganhe a bolsa de estudos na faculdade onde trabalho.
Falando em trabalho, estou a ponto de ficar realmente sobrecarregado, pois minhas responsabilidades lá estão aumentando a cada dia e em consequência disso, a demanda de trabalhos que preciso entregar com prazos cada vez mais curtos. No momento estou criando um hotsite atrás do outro para eventos da faculdade, por sorte o conteúdo é pouco, mas ainda assim é uma rotina bastante cansativa, pois escrever os códigos exige bastante atenção e também, embora não pareça, criar cansa, cansa muito a mente. Lá por volta das seis da tarde já estou esgotado, só querendo chegar em casa logo, tomar um banho e esticar um pouco as costas no sofá ou no meu colchão.
Minha prima veio da cidade de Campinas, onde reside atualmente, para passar uns dias aqui em Bauru com os pais, ela tirou quinze dias de férias e graças a isso pude revê-la, saímos e fomos jantar fora, comer uma massa no restaurante de um badalado hipermercado daqui. Tá, sei que ir “jantar fora” em um “hipermercado” é meio coisa de pobre, mas além de eu não ter condições financeiras, nunca fiz questão de frequentar nenhum desses lugares chiques, pois me enojam. Só de andar pelo shopping da cidade que nem é lá bela bosta, já fico irritado. Mas como eu sempre digo, não me importo com lugares, o que me importa de verdade é a companhia das pessoas, o interesse delas em querer estar comigo, fico feliz até mesmo em sentar na sarjeta e comer um cachorro quente de carrinho, desde que eu esteja ao lado de alguém que me faça bem e minha prima é uma dessas pessoas. Ela não é uma candura de pessoa, tem um jeito meio direto, herdado dos pais, mas tem uma ótima conversa e tenta compreender meus problemas na medida do aceitável. Basicamente passamos a maior parte do tempo conversando sobre tudo o que me aconteceu nos últimos meses e filosofando sobre o quando a vida é complicada e às vezes aceitar coisas ruins, deixar as coisas fluírem, é necessário sim, mas também bastante doloroso. Desde que nascemos, expelidos através do canal vaginal de nossas mães ou arrancados de seu ventre através de um corte no abdômen, ouvimos muitos e muitos ditados, mas só vivenciando determinadas situações durante a vida é que passamos a compreender alguns deles. “A vida é injusta”, acho que é um dos mais fáceis de aprender, conforme vamos nos dando conta do quanto, muitas coisas que tínhamos como certas, fogem do nosso controle de forma irreversível.  


Faltam poucos dias para o meu aniversário, que é uma data inventada pelo ser humano para comemorar o dia em que você nasceu e eu estou sem nenhuma vontade de festejar. Não estou com uma depressão horrível, como as que tinha anos atrás, mas além de eu estar triste pelo motivo que já estou citando repetidamente aqui a algumas postagens (como se fazer isso fosse fazer a pessoa se interessar por mim de novo), também, mesmo que estivesse contente, acho comemorações de aniversário irrelevantes. Inicialmente eu estava planejando fazer um churrasco na casa de uma amiga, mas agora não sei mais, pois no mesmo dia vai haver aqui na cidade a Parada da Diversidade e o grupo Teatro Mágico vai fazer um show gratuito no evento. E como eu sou fã de carteirinha deles estou pensando muito em ir, fora que nunca se sabe que surpresas interessantes o dia pode me reservar, mas ainda não sei, talvez não vá em lugar nenhum, talvez fique em casa deitado no sofá olhando pro teto ou sei lá o que.
Sei que muitos vão me dizer: “Não faça isso! Vá se divertir, vá ao show ou faça um churrasquinho na casa da amiga”, mas é complicado, pois sou uma daquelas pessoas que se sentem sempre incompletas por mais que busquem coisas para se preencher. Sou uma daquelas pessoas que podem se meter no meio de uma multidão de trinta mil pessoas num show em São Paulo, como fiz anos atrás e se sentir sozinho, pois por mais que você esteja cercado de pessoas ou com alguns amigos, no fundo você sabe, olhando ao redor que tudo aquilo é passageiro.
Mesmo eu não gostando de comemorar meus aniversários, nunca disse nada quanto a ganhar presentes. Amo ser presenteado, sou como uma criança nesse sentido, e por conta disso, quero aproveitar o final dessa postagem para agradecer e muito, um dos meus amigos mais amados, o Raphael Blogueiro, dono do infelizmente extinto blog Resignando, que mesmo morando longe fez questão de me presentear com uma camisa linda, que com certeza vou usar até desmanchar e também, sabendo o quanto eu não passo de uma criança grande, enviou mais uma figura de ação muito bacana para minha coleção, que já conta com o Robocop e o Predador, o presente foi o Chris Redfield, personagem do game Resident Evil 5. Eu amo Action Figures (não confunda com simples “brinquedos”). Sei que um dia vou morrer e vou ser obrigado a deixar tudo isso para trás, mas que se dane, estou a ponto de ligar o foda-se pra tudo (já estou nesse ponto há anos e ainda não o fiz, na verdade), então, que comece comigo assumindo que amo colecionar bonecos de ação, com o tempo vou assumindo o resto, inclusive minha barriga de cerveja protuberante, que já caí na real, nunca vai me deixar.
Bom, como o segundo presente ainda não chegou, não vou postar aqui uma foto dele ainda, mas assim que receber, atualizo o post. Enquanto isso, se quiserem e tiverem acesso ao meu Facebook, podem ver mais itens da minha coleção legal nos meus álbuns. Um abração.


Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática, trabalha como designer e diagramador. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


5 Divagações

  1. Uma pergunta, espero que não me leve a mal, é só curiosidade. Vc é gay?

    Sempre se refere ao seu amor como "a pessoa" e esses comentários de assumir, sei lá, sinto uma vibe gay por aqui. Não é algo mal.

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    1. Hehehehe, uma "vibe gay" foi engraçado, em verdade.
      Vamos apenas dizer que sou uma pessoa de mente aberta a quaisquer possibilidades e que o que realmente me importa é o sentimento. Interpretações a mais, deixo a cargo de quem lê.

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  2. Grande Edu, cara por um lado posso imaginar como vc deve estar, fim de relacionamento sempre é complicado, mas por outro vc tem o remédio ideal para superar isso, trabalho, trabalho e mais trabalho, nada melhor que uma rotina atarefada para nos fazer tirar o foco da dor em questão, e bola pra frente, fazer o que né.
    Vou deixar aqui dês de já meus parabéns, não sei se estarei pela net no dia do seu aniversario, mas se não estiver já deixo um braço e faço votos de sucesso e realização vc merece ser feliz, acredito e torço que vc encontrará essa felicidade.

    Cara me desculp, mas eu ri aqui também com o lance da "vibe gay" é compreensível nem todos conseguem entender mesmo, e acho que nunca entenderão.

    Deixo um abração pra tu cara PARABÉNS FELICIDADES.

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    1. Olá simpático colega blogueiro Marcos Mariano. Agradeço muito pelos parabéns adiantados, pois bem sabe que sou carente e fico muito feliz quando as pessoas me dão atenção.
      Pois é, agora é trabalhar e trabalhar.

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  3. Também compartilho sua opinião, o que importa é a pessoa ao nosso lado, não o lugar pra onde vamos. Se o papo é bom, se a pessoa é agradável, qualquer lugar é divertido.

    Realmente, "vibe gay" foi engraçado, porque nunca te enxerguei assim.
    Abçs.

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