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Sobre prazerosas responsabilidades, repórteres mundialmente famosos e dar um tapinha no visual.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Até que meus três primeiros trabalhos “oficiais” da faculdade não tomaram muito o tempo do meu final de semana. Consegui até ir ao cinema no domingo. Talvez isso tenha acontecido pelo fato de que, para mim, desenhar é muito mais fácil do que redigir um texto ou fazer algum tipo de pesquisa para algo, uma leitura, sei lá. Não que os trabalhos pedidos tenham sido fáceis, mas não nego, foram prazerosos. Lógico que, para incorporar o universitário completo, um deles já estou entregando com um atraso de uma semana, já que quando o professor o pediu, eu ainda não tinha comprado os materiais necessários. Materiais esses que, aliás, comeram uma boa parte do meu pagamento de fevereiro, que já veio cheio de descontos. Os trabalhos consistiram em dois desenhos de observação e um exercício de hachuras. Tive de desenhar a fachada da minha casa e uma folha de papel amassado da forma mais fidedigna possível. A casa até que foi fácil, mas desenhar o papel deu muita dor de cabeça, não apenas para mim, mas percebi também, para todos os meus colegas. O exercício de hachura foi fácil, nada mais nada menos do que preencher dezesseis quadrados traçados à mão, com riscos para todas as direções. Hachura para quem ainda não sabe, é uma técnica para reproduzir as sombras de um desenho, através de vários riscos, dando a impressão de mais ou menos luz. 
Voltar a desenhar assim me fez lembrar muito do livro O Pequeno Príncipe, de suas jibóias abertas e fechadas e seus carneiros dentro de caixas. 

Na quinta-feira, dia 28 de fevereiro, nós, alunos calouros fomos brindados com uma plestra de ninguém mais, ninguém menos que Caco Barcelos & Barcelos, famoso jornalista da Rede Globo de Televisão e tanto criador quanto apresentador do programa Profissão Repórter, da mesma emissora. Ele veio ministrar a palestra entitulada Profissão Empreendedor, nos contando um pouco sobre sua trajetória de vida, tanto no pessoal quanto no profissional (muito Faustão isso). Mesmo muito cansado, abatido depois de horas de viagem, com uma leve crise de tosse, ele se mostrou muito simpático, contando com prazer muitas de suas experiências, dificuldades e nos falando sobre todas as coisas que já presenciou nos seus muitos, muitos e muitos anos de profissão, logicamente, sem perder o foco do tema da palestra: empreendedorismo
Antes do início eu confesso que pretendia cabular aula, pois sou muito preguiçoso, costume que preciso urgentemente perder, mas a noite estava gostosa, o local da palestra, na quadra de esportes cercada pelos jardins da Universidade é muito bonito, eu preciso me entrosar melhor com os colegas de sala, então resolvi ficar. Não sou nem de longe um exemplo de pessoa empreendedora em qualquer sentido, mas é sempre bom ouvir coisas boas de gente competente.
Eu até ia ficar pra tirar uma foto com ele, mas eu estava já tão cansado que preferi não encarar toda aquela multidão de alunos e principalmente alunas ensandecidas. Me disseram depois que ele estava já muito abatido também, então achei até bom ser um a menos para incomodar o coitado, que já devia estar louco por uma boa noite de sono. 

Querendo muito dar uma mechida no meu cabelo, refazer minhas luzes (não tão intensas dessa vez), dar um tapa no visual. Todas as vezes nas quais estou muito deprimido, tenho vontade sei lá, de morrer e nascer de novo, mas como não posso, geralmente compro algumas roupas novas (isso quando tenho dinheiro), pinto o cabelo, compro um sabonete hidratante ou coisas do gênero. O pior é que nesse mês de fevereiro, pela primeira vez em meses eu não consegui guardar um centavo e estou zerado. Além de ter recebido o salário cheio de descontos por causa das “folgas” de natal, ainda tive que comprar vários materiais pra faculdade, alguns bastante caros. Mesmo com a ajuda do meu amado amigo Rapha, não consegui segurar o salário. Nunca jamais imaginei que chegaria a ser obrigado a comprar um compasso de mais de cinquenta reais. Sempre usei os escolares de plástico e nunca tive problema, mas descobri que na universidade, ainda mais nas particulares, eles não querem saber se você é rico ou pobre, bolsista ou não. No caso, se você quis entrar na faculdade, que arque com as consequências da sua escolha e compre o que lhe é ordenado. Bom, não é mais ou menos assim com tudo na vida?

Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática, trabalha como designer e diagramador. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.



1 Divagações

  1. Sei muito bem o que é gastar dinheiro com faculdade. Até fiquei se dinheiro para comer!! Mas já me acostumei em não ter dinheiro nem pra comer, rs
    Seu desenho ficou ma-ra-vi-lho-so!!! Eu queria tanto ter esse talento porque eu amo desenhos, pinturas, amo mesmo. Ficou muito bom seu desenho, sério. Parabéns!!!

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