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A BRUXA (The Witch) - Crítica

domingo, 13 de março de 2016

"— Acho que a gente não entendeu bem a proposta desse filme". Foram as palavras da minha prima ao término da sessão de A Bruxa (The Witch), filme de 2015, dirigido por Robert Eggers e divulgado como sendo um dos filmes de terror mais assustadores dos últimos anos.


Nova Inglaterra, década de 1630. O casal William e Katherine leva uma vida cristã com suas cinco crianças em uma comunidade extremamente religiosa, até serem expulsos do local por sua fé diferente daquela permitida pelas autoridades. A família passa a morar num local isolado, à beira do bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia, o bebê recém-nascido desaparece. Teria sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? Enquanto buscam respostas à pergunta, cada membro da família seus piores medos e seu lado mais condenável.
De minha parte não consegui ainda formar uma opinião precisa sobre o longa, pois ao mesmo tempo que, de antemão já sabia que o filme não é uma dessas películas de horror "convencionais", cheio de morte, sangue, vísceras e monstros pra todo o lado, devido à toda a expectativa que foi criada sobre ele no trailer, esperava mais.
O filme não é ruim, longe disso, é uma bela obra, muito bem ambientada, com excelentes atuações, uma bela fotografia, uma trilha sonora que dá nos nervos de tão tensa, tem crianças, tem bode, tem floresta e o fato de ser sempre escuro, desaturado e se passar às em um lugar isolado deixa tudo mais mórbido e com aquele clima meio deprê. O problema para mim, e não sei se foi só comigo, é que o filme realmente não entrega tudo aquilo que prometeu. Tem seus momentos, mas nada que "faça seu sangue gelar" como foi anunciado no trailer.
Enquanto um primoroso trabalho de arte, gostei bastante, pois como designer aprendi a apreciar em um filme, sua ambientação, suas cores, a fotografia, mas se você quer ir ver o filme esperando ter grandes sustos, ver sangue jorrando ou passar dois dias pensando na história, esqueça. Talvez eu tivesse gostado mais se o final não tivesse sido tão decepcionante, pois na minha opinião quebrou todo o clima de mistério que o filme tentou manter ao longo de sua pouco mais de hora e meia. Pretendo futuramente assistir novamente, talvez consiga ter uma melhor impressão, mas por agora, consigo entender a frustração da maioria. Ainda nesse estilo, prefiro Anticristo, de Lars Von Trier.




 
EDUARDO MONTANARI
Virginiano, bauruense, Designer, ilustrador e web designer. Amante de cinema, quadrinhos, boa música e outras nerdices. Sonhando com o namorado ideal.



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