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Sobre punir o mal com o mal.

sábado, 26 de junho de 2010





Desde criança eu sempre fui viciado em anime, que pra quem ainda não sabe são os famosos desenhos japoneses. E mesmo que você odeie esse tipo de desenho, pelo menos você já ouviu falar de nomes como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Naruto entre outros.
O que muita gente não sabe é que apesar de muito (e bota muito) fantasiosos e bizarros, nem todos os desenhos japoneses são voltados para o público infantil e nem todos tem estórias simples, com heróis musculosos voando e explodindo coisas com raios. Um exemplo dissso é o anime que estou assistindo recentemente e do qual já falei aqui, chamado Death Note.


Death Note não é uma história inovadora nem maravilhosa. O desenho também não é novidade, já faz alguns anos que foi produzido. Mas uma das coisas que me atraem em determinados desenhos japoneses é a carga psicológica e muitas vezes bem humana que os autores colocam em seus personagens.


A trama de Death Note gira em torno de Light (Raito) Yagami, um estudante gênio de 17 anos, primeiro da turma, filho exemplar, irmão amoroso, o tipo de garoto que todos os pais gostariam de ter. Contudo, apesar da vida aparentemente perfeita Light é um gênio entediado com as pessoas, com a própria vida rotineira e com um mundo que considera injusto, sem sentido e fadado a um fim trágico.
O que Light não sabe é que existe um outro plano de existência paralelo ao nosso. O mundo dos Shinigamis, que são os Deuses da morte (Anjo da Morte; equivalente ao Ceifador Sinistro em português). Seu trabalho é "levar" a alma dos humanos para o outro mundo. Seria um pouco equivalente a figura conhecida da Morte no Ocidente. Esses Shinigamis possuem Death Notes, que são os livros da morte onde escrevem os nomes dos humanos cuja hora chegou. O humano que tiver o seu nome escrito num Death Note instantaneamente morrerá.



Um dia, um Shinigami de nome Riuk, entediado com seu mundo e também com sua própria existência, deixa cair "acidentalmente" um de seus Death Notes no mundo dos humanos, na verdade na esperança de que com esse ato, algo inovador e diferente possa vir a acontecer, pondo um fim a todo o marasmo que o cerca. É justamente aí que a trama toma forma, pois é Light Yagami quem acaba encontrando o caderno. Um gênio frustrado e entediado que agora tem em mãos o livro da morte de um Deus frustado e entediado. O começo do fim.
Riuk escreveu instruções em seu Death Note. Como usá-lo e o que isso acarretaria. Light inicialmente não acredita, mas após escrever o nome de um criminoso que aparecia ao vivo na TV fazendo reféns, o bandido morre com um ataque cardíaco. Seria o Death Note verdadeiro? As pessoas poderiam mesmo morrer apenas tendo o seu nome escrito no caderno? Light testa em mais um criminoso e o caderno funciona. Ele fica inicialmente apavorado, mas logo vê no Death Note uma oportunidade única e jamais pensada:
E se ele pudesse usar o Death Note para fazer justiça? Punir criminosos, julgar os maus? Afinal o mundo é podre, as pessoas são podres. Alguém precisa fazer justiça, tomar as rédeas. Por que não Light? A oportunidade de criar um novo mundo, no qual ele reinaria como um Deus justo.

Obscecado pelo que ele considera ser justiça, Light começa a matar um criminoso atrás do outro, dia após dia, secretamente no conforto de seu quarto escrevendo os nomes no caderno, acompanhado de perto pelo Shinigami Riuk, que se vê obrigado a pairar agora sempre ao lado do novo dono do Death Note.
Logo todos começam a desconfiar que os criminosos do mundo não estão morrendo naturalmente, todos de ataques cardíacos, alguém os está matando. Mas quem? Uma lenda urbana começa a se formar e logo todos comentam sobre Kira (Killer), um justiceiro místico e misterioso que de alguma forma está tornando o mundo um lugar melhor, punindo os maus e limpando a imundice da humanidade.
Contudo nem todos apoiam as atitudes de Kira e as autoridades acreditam tratar-se de um serial killer cruel e desumano, que não tem o direito de matar como bem quiser e que precisa a todo custo ser identificado, encontrado, detido e levado a execução por seus crimes de misteriosos assassinatos bizarros. 



É nesse ponto que as autoridades do Japão e do mundo pedem a ajuda de um misterioso e muito jovem detetive conhecido apenas como "L", que assim como Light tem uma mente brilhante e que fará de tudo ao seu alcance para descobrir a verdadeira identidade de Kira e finalmente puní-lo por seus hediondos crimes.
Perseverante, L passa a ajudar o chefe da investigação, Soichiro Yagami e acaba conhecendo o Jovem Light, seu filho, se tornando grande amigo do rapaz. Com o correr das investigações e a descoberta de novas pistas a cada dia, L começa a perceber que o enigmático Kira pode ser alguém mais próximo de todos do que se imagina.



Tanto os quadrinhos da série quanto a animação fizeram um absurdo sucesso no Japão e no mundo virando um febre. Tanto é que três filmes foram produzidos no Japão baseados na história, Death Note o filme, Death Note 2 - The Last name e L-Change the World. E ao que parece os americanos gostaram, compraram a idéia e um filme será produzido em HollyWood muito em breve.
É isso aí, se você não gosta de animes ou não conhecia Death Note, pelo menos ficou sabendo um pouco mais sobre esse fantástico suspense sobrenatural e policial. E se você é do tipo que gosta de animes mas ainda não assistiu, eu recomendo.

Ah sim! Claro. A trilha sonora também é um show a parte. Como a maioria dos animes eu acho. Mas a trilha de Death Note é recheada de músicas pesadas. Punk Rock, Heavi Metal e Hardocore. Um exemplo disso é Zetsubou Billy, música de encerramento da segunda temporada. Isso me lembra dos tempos em que eu punkeava nas rodinhas. Hehehe...


 



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5 Divagações

  1. Entendes realmente desse assunto, Eduardo! Foi legal aprender sobre "Animes".
    Bjs e bom domingo!

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  2. Eu adoro animes por que, ao contrario dos Cartoons, eles tem inicio meio e fim na maioria dos casos, e ja assisti Death Note, o 1º epi foi por acidente, mas eu gostei tanto que resolvi baixa-lo mais tarde, é uma historia muito intrigante, esse anime é mais pisicologio, o que chama a atenção de quem assisti. Outro anime do tipo é Evangelion, considerado o melhor anime de todos os tempos, é muito bom tambem, mas eu ainda nao entendi o final, e pelo que parece muito não entenderam por isso tem os filmes, que eu não assisti ainda.

    Eu adoro animes, sao os melhores desenhos animados, pena que alguns fazem sucesso que não deveriam ter.

    PS: o nome do shinigami é ryuuku.

    Sayonara

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  3. Wandrey
    Também curto Evangelion, embora ache complexo demais. Quanto ao nome do Shinigami, nas versões dubladas ficou Riuk mesmo. Ryuuku é na versão original japonesa.

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  4. Cara eu não cohecia esse,não entendo muito de anime,mais gosto de alguns, principalmente do Naruto, que acompanho desde o primeiro capitulo, claro que não pela tv né,

    mais esse Death Note me pareceu ser bem interessante.

    grande abraço amigo

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  5. Marido tem, iclusive esse Death Note. Já me emprestou o gênero para ler, nemmmm pensar! kkkk.. fiquei com medo só dos desenhos. E Pietro nem tem alcance, tem um armário no escritório, lotadinho deles.Apaixonado. Sempre me fala sobre as bizarrices, filmes e tal.. Mas marido lê tudo, ama os livros. Tive que construir um lugar só para eles aqui em casa. Filme até que vou assistir, REsident Evil, foi ele que primeiro me contou, depois fui ver....kkk.. esses homens e seu mundo imaginário aterroziante!

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