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Sobre escadarias diretamente proporcionais, malditas redes anti-sociais e futuro pouco temido.

segunda-feira, 30 de maio de 2011


Tem horas nas quais em que por mais que eu galgue os degraus um a um, sem pulá-los, tentando viver um dia de cada vez na esperança de ver o final do corredor, uma luz no fim do túnel que me mostre mais ou menos pra onde é que eu estou indo, esse caminho se alonga de uma forma diretamente proporcional a cada passo que eu dou. Talvez viver a vida seja isso mesmo, uma linha reta entre dois pontos, uma escadaria que só acaba quando acaba o seu tempo aqui, com pontos escuros e focos de luz esporádicos de tempos em tempos, cuja saída você só vai alcançar quando já tiver subido todos os degraus que a vida lhe impuser. Quantos são? Ah, aí é uma pergunta difícil. Só sei que subir escadas faz bem pro coração e fortalece as pernas, pular degraus até faz você chegar mais rápido sabe-se lá onde, mas sempre com aquela sensação de que deixou algo para trás ou que poderia ter se esforçado um tiquinho mais. Apesar dessa subida interminável e com a incerteza do que vou achar nos meus próximos passos eu pelo menos não tenho mais parado. Talvez seja inconseqüencia minha, talvez não, mas eu estou preferindo ir em frente independente do que o futuro me reserva, sem pensar muito em algumas conseqüencias. Durante muitos anos simplesmente fiquei paralizado, esperando que alguém me falasse quais caminhos devo trilhar, vez ou outra seguia essa ou aquela pessoa pelo caminho dela na esperança de que o que quer que fosse melhor pra ela fosse pra mim também, mas o problema de fazer isso é que sempre se chega num ponto onde você não pode mais seguir em frente com a pessoa, pois ela vai por caminhos muito diferentes dos quais você está acostumado a caminhar.


Ao mesmo tempo em que sou viciado em internet e tenho cadastro em várias redes sociais eu as amaldiçoo. Gosto do Orkut pelas comunidades, do Facebook por poder ficar cutucando uma pessoínha muito especial e do Twitter pra me atualizar de algumas novidades em tempo real, mas se tem uma coisa que eu realmente odeio, que realmente estraga o meu dia mais que tudo é ser obrigado a ver fotos e recados de pessoas que eu odeio, nos perfis dos meus contatos. Infelizmente ninguém é perfeito e alguns dos meus contatos são amigos de alguns filhos da puta espalhados por aí, pessoas as quais realmente não faço mais questão de ter a mais vaga notícia e nem ver pintadas de ouro, mas infelizmente não tenho muita opção, ou eu excluo meus contatos que são amigos dessas pessoas ou eu tento ignorar, mas realmente é um pé no saco você abrir seu Facebook pra ver se tem algum recado pra você e dar de cara com fulano bebendo em festinha e ciclano comemorando aniversário de namoro com namorada. Realmente estou cogitando em dar cabo de alguns dos meus contatos. Já passou em muito da hora de eu pensar no que é o melhor pra mim e não pros outros. Por educação fico mantendo contato com pessoas que mal conversam comigo, não tem interesse na minha vida e ainda sou obrigado a ver pessoas deploráveis aparecendo em seus perfis. Embora procure não me irritar com isso, acabo me irritando sim, pois quando não quero mais ver ou falar com uma pessoa, simples fotos delas já me deixam com um desejo homicida
Desejos homicidas à parte e apesar de eu ter começado a postagem de uma forma meio dark, ando muito bem, muito satisfeito com as coisas que tenho feito e que ainda tenho planos de fazer. Meu curso está se tornando cada dia mais possível, vou pro Animefriends em julho com um amigo, talvez uma prima, estou gostando muito de alguém, apesar de não poder estar com essa pessoa e apesar de não ter planos pro futuro ele já não me assusta mais tanto quando antes. Descobri que parar de tentar prever o futuro e temê-lo, sendo que ele nem aconteceu ainda ajuda muito a você tomar certas decisões na sua vida. 


Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design, além de pseudo-web-designer. É formado técnico em informática e sabe estourar pipoca sem deixar muitos piruás sobrando. Semi-nerd assumido (se é que isso existe), gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


4 Divagações

  1. Oi Eduardo,

    A primeira parte do teu post me fez lembrar do livro "Ilusões" de Richard Bach. Tem um trecho que diz assim:

    "Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente um impulso... é para este lugar que devo ir agora. Mas o céu sabe os motivos e desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes."

    Também me lembrou uma coisa que os americanos costumam dizer: "a gente não consegue ver a floresta por causa das árvores".

    No meio da confusão e do corre-corre do dia a dia, a gente não consegue se ver muito bem. É difícil se enxergar, ver o que está fazendo. É por isso que existe o trabalho de revisor. Porque o escritor muitas vezes não consegue enxergar seus próprios erros (tô dizendo isso porque trabalho há anos em editora).

    Ás vezes parece mais fácil ver os outros. O que fazem e o que erram. Ver a si próprio leva um tempo e requer mais "perícia"...rs Mas a gente chega lá.

    Sobre as redes sociais, já excluí um monte de gente do meu perfil porque me mandavam aqueles recados luminosos gigantes e eu não conseguia ver os recados que realmente me importavam. Tinha uma pessoa que me mandava fotos de chocolates que ela faz, mas fotos enormes e me mandava vários recados por dia com essas fotos. Meu perfil no orkut parecia mais vitrine de chocolate. Até eu desapareci perto de tantas fotos enormes de chocolate. Quer dizer: a pessoa estava abusando do direito dela de me mandar uma foto. Excluí e acabou-se aquilo. Foi o que ela acabou conseguindo.

    Sobre o parágrafo final que vc escreveu, uma decisão legal que vc podia tomar e não ia te fazer mal algum era guardar 10% de tudo que vc ganha numa poupança. Vc falou uma vez que tem dificuldade com porcentagem, mas 10% é fácil. Se vc ganha 100, guarde 10; se vc ganha 200, guarde 20; se ganha 832, guarde 83,20; se ganha 1245, guarde 124,50. É só multiplicar o valor por 10 e dividir o resultado por 100.

    Vai parecer pouquíssimo pra guardar, dá até vergonha de depositar tão pouco (já fui no banco depositar 12 reais...rs) mas vai depositando custe o que custar. Te prometo que depois de um certo tempo vc vai ter um dinheirão na conta.

    Tô falando isso porque ter uma grana no banco faz um bem enorme. Muda um monte de coisas na nossa cabeça. Vc pode até não acreditar no que estou dizendo, mas experimente e veja por vc mesmo.

    Se vc está se sentindo bem, vai se sentir melhor ainda.

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  2. Há muito tempo deixei de frequentar excessivamente as redes socias. Só me contento com o blog e o twitter. Vez ou outra leio meus scraps no Orkut. Mas não tenho conta no Facebook e, acredite, também não tenho MSN. Não faço questão. è medo do vício.
    Abraços.

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  3. Ei Edu, quando eu era mais jovem, tinha muitos medos.
    Medo da vida, medo de tudo, pois me sentia inseguro sobre muitas coisas da minha vida, principalmente em relação ao meu futuro.
    Observava as pessoas, conquistando seus espaços, atingindo seus objetivos, e me perguntava, e eu?
    E sabe por que vivia fazendo esta pergunta para mim?
    É porque , não vivia a minha própria vida, achando que alguém poderia, me indicar ou dizer o que seria bom para mim.
    O que eu poderia fazer na minha vida!
    Hoje sou totalmente diferente do que era há um tempinho atrás, pois mudei a minha filosofia de vida.
    Hoje aprendi, que cada um tem o seu papel e função na vida, que ninguém pode saber o que é melhor para mim.
    Pois muitas vezes , quando estamos confusos, nem mesmo agente sabe o que é bom para nós, quanto menos os outros.
    Eles podem dizer, eu acho que você deveria fazer isso, ou aquilo, mas é fácil achar solução, para os problemas alheio, não é mesmo?
    Aprendi, na minha filosofia de vida, apaziguar o meu espírito , e hoje consigo ouvir mais a minha intuição!
    Pois diz a minha filosofia que , tudo o que precisamos está dentro de nós mesmos.
    Não podemos seguir os estilos e vidas alheia, pois cada um tem a sua missão neste palco, chamado vida.
    Então ouvir a nossa intuição é tão vital , quanto estarmos, inspirando o ar para dentro dos nossos pulmões.
    Pois através desta “audição”, direcionamos as nossas vidas, sem pânico e de uma forma correta.
    É por isto que no budismo se fala em meditação, a meditação, apazigua as nossas atribulações inerentes.
    E estas atribulações, é totalmente nociva, pois leva as pessoas ao desespero,fazendo cometer ; erros e mais erros.
    É fato, que devemos manter as nossas calmas, em momentos de grandes tragédias, pense nisto!
    Ai, Edu, tomara que eu não seja “brindado” com esta exclusão.
    Pois senti que a carapuça serviu, em mim, tenho sim você no meu Orkut.
    Mas no meu caso, saiba que não é verdade que nem estou ai com você!
    Me preocupo sim, com todos, pois de alguma forma , acredito na teoria que se temos contatos nesta vida, é porque existe um laço muito forte de afinidade entre nós.
    Portanto meu estimado amigo, não me exclua!
    Sobre sofrer, antecipadamente sobre questões que ainda não aconteceram.
    Só há motivo para temer o amanhã ou o futuro , se você faz muita cagadas no presente.
    Pois o agora, as ações de hoje, gerará os efeitos do amanhã!

    Abraços fraternos meu amigo, esteja bem com você mesmo, e vê se escuta mais a tua intuição, as nossas almas, tem muitas respostas para as muitas questões das nossas vidas que nos afligem.
    NAMASTÊTA!

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  4. Bom, né? A gente sair do buraco sozinho. Percebo em seus posts que está mais feliz, mais confiante também. Quanto as redes sociais, como trabalho com internet, preciso delas, mas acho que tb sou viciada... kkk... Prefiro o twitter onde as coisas são mais aqui e agora. Estou com ódio mortal do Orkut e detesto o facebook. Mas preciso saber sobre eles. Não gosto dos recados dos recados, dos amigos dos amigos que tais redes tentam enfiar goela abaixo. E Orkut virou uma bagunça só. Dá vontade de deletar tudo! Mas tenho vários para cuidar. Abaços.

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