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Sobre Atividade Paranormal 3, adoecer por tabela, observar formigas e caderpanças de pouneta.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Não sei se vocês ainda se lembram daquele comercial da plantinha no escritório, a qual todos os funcionários ficavam boquiabertos admirando, como se fosse a cousa mais maravilhosa do mundo, como se fosse uma super novidade surpreendente. Acho que na verdade o comercial queria dizer que você devia sair mais, expandir seus horizontes, ter mais contato com a natureza ou algo do gênero, não me lembro mais do que se tratava, mas me lembro que na época mexeu comigo, não por que era engraçado, mas sim porque desde sempre, pessoas desse tipo,
que se impressionam exageradamente com coisas simples, me irritam muito. 
Por ter sido criado apenas por mulheres e convivido apenas com elas, tenho uma sensibilidade muito aflorada e me orgulho disso, pois aprendi a dar valor às pequenas coisas da vida. Sou daquele tipo de pessoa que consegue ficar olhando o trabalho de um bando de formigas durante vários e vários minutos e achar tudo muito fantástico ou olhar as cores das folhas de uma determinada planta e perceber a mão de uma energia superior nisso tudo.
O que eu tenho notado hoje em dia nas pessoas é que cada vez mais elas têm criado seu próprio mundo pessoal, com suas responsabilidades, afazeres, crenças e tem perdido muita coisa do mundo real, gente desatualizada da vida. Convivo diariamente com gente assim, que quase se mija nas calças de tanto rir com piadas velhas, batidas, as quais todo mundo já conhece, mas que para elas são a novidade do momento, pois estão tão ocupadas vivendo suas vidinhas pequenas que quando você pergunta se já não conheciam essa, dizem que nunca ouviram falar. Até mesmo pessoas que nunca foram ao bosque da cidade, ao Jardim Botânico, simplesmente porque estão tão entretidas com o que acreditam ser mais importante para elas, que colocam em segundo plano cousas simples como parar por um segundo e olhar ou ouvir algumas cousas de forma diferente. Dizem que vão se jogar da ponte caso cancelem o Zorra Total ou A Grande Família, mas morrem de rir porque o Lula está com câncer. Enfim, assim são os humanos.


Essa história do câncer do Lula, aliás, o câncer em si me assusta, pois me parece que hoje em dia, basta espirrar e pronto, você está com câncer. Todo mundo está sujeito a isso, sejam ricos ou pobres e cada caso novo que a mídia reporta me deixa mais apreensivo. Não sou hipocondríaco, mas atualmente cada vez que se liga a TV, se sabe da notícia de um famoso com câncer: Gianecchini, Lula, Steve Jobs. Isso faz você pensar que hoje em dia está mais fácil morrer de câncer do que de morte natural ou algum acidente e isso as vezes começa a me deixar neurótico (isso porque eu disse que não sou hipocondríaco).
Comentei com minha tia que estou perdendo vontade de ver TV e telejornais, pois do jeito que as coisas estão é perigoso você acabar doente de tanto ouvir falar de doenças, morte e violência. Ando preferindo alugar uns filmes na locadora, jogar uns games no Computador ou caminhar ouvindo algum podcast, pois só assim consigo esquecer por algumas horas o quanto o mundo está apodrecendo a olhos vistos e as pessoas morrendo feito formigas.
Por outro lado isso me dá uma vontade muito grande de aproveitar a vida, fazer algumas loucuras, viver plenamente, coisas que na verdade não estou nem perto de tomar uma atitude pra acontecerem, pois um dos efeitos colaterais da rotina é o comodismo e até mesmo uma apatia da qual não consigo me livrar. Não é preguiça, mas uma quase desesperança. Não, nunca vou desistir de ir seguindo em frente, é que as vezes acabo me perdendo e para me achar novamente é uma complicação sem tamanho. 


No começo de outubro finalmente tomei a decisão de fazer algo que vinha planejando há tempos: Uma caderpança de pouneta, digo, uma caderneta de poupança (acho que hoje nem se usa mais o termo "caderneta").
Eu vivo falando que vou começar a guardar um dinheirinho pra poder planejar meu futuro, viajar, ter uma segurança, mas nunca me sobra dinheiro e quando sobra acabo gastando, mas decidi dar um basta de uma vez e depositei meus primeiros 50 reais na conta-poupança. Como diria o Chaves, não é uma cousa que se diga: "Nossa, mas quanto dinheiro ele depositou pra começar a poupança", mas nesse mês foi o que eu pude, pretendo depositar valores cada vez maiores nos próximos meses, inclusive o que eu ganhar nos meus trabalhinhos freela. Eu cheguei como sempre a conclusão mais do que óbvia pra qualquer idiota, de que não vou chegar a lugar nenhum sem me planejar financeiramente. Nunca vou comprar coisas iguais as dos outros, como desejo ou poder viajar pra Salvador e tomar um bronze em alguma praia de nudismo qualquer.
No começo de novembro pretendo depositar mais 100 reais na conta e com o décimo terceiro salário, mais 150 ou duzentos. E no ano que vem pretendo iniciar uma previdência privada, como me recomendou um amigo muito amigo. Sinto que de 50 em 50 reais, logo terei dinheiro para dominar o mundo. Estou aceitando doações. Por favor, entrem em contato comigo para me doar qualquer valor simbólico acima de 50 reais, é claro. To pensando em chamar de A.A.P.E, Associação dos Amigos da Poupança do Eduar... Hum... melhor deixar pra lá. Pegou mal pra caramba. Mas tô aceitando as doações ainda. 


Insistente como sou em se tratando de cinema, decidi no último domingo dar mais uma chance, uma terceira chance à franquia de filmes Atividade Paranormal. Escrevendo mais especificamente, fui assistir ao tão bem falado ATIVIDADE PARANORMAL 3.
Já fui ao cinema sabendo o que esperar: apenas mais do mesmo e não me decepcionei nesse sentido. Quando o filme acabou, ouvi uma senhora atrás de mim dizer ao marido que aqueles foram os quatorze reais mais mal gastos da vida dela. Bom, não é pra tanto, o filme não é de todo ruim, mas o caso é que também está a anos luz de distância de ser bom. Se formos fazer uma lista dos filmes que seguem o estilo Bruxa de Blair, que particularmente gostei muito, talvez porque na época essa era uma formula inédita, acredito que essa lista seria bem grande: REC, Cloverfield, Apolo 18, La Casa Muda e por aí vai. Uma infinidade de histórias seguindo sempre o mesmo padrão idiota.
Dos filmes que citei acima, alguns se salvam, como Apolo 18 e até mesmo Cloverfield, apesar de ser bem fantasioso com seu monstro gigantesco destruindo a cidade, mas Atividade Paranormal pra mim é filme de gente boba, daquelas que se assustam com o barulho do trovão numa tempestade. Assisti aos dois primeiros filmes em DVD, pois na época do lançamento deles não tive o menor interesse em ir ao cinema apesar de todo o marketing viral que fizeram. Quando saíram em DVD, loquei muito curioso, querendo saber o que fazia desses filmes tão especiais. Não consegui ver absolutamente nada de tão fantástico ou que gerasse tantos comentários positivos à franquia, tanto o primeiro quanto o segundo filme foram de uma narrativa lentíssima, pouco tensa e enfadonha. Nem liguei de sair da sala pra ir no banheiro ou atender o telefone. Quanto mais assistia, mais sentia que não estava perdendo nada. Achei que os produtores melhorariam na terceira tentativa, mas como eu já disse acima, nada mudou, foi apenas mais do mesmo. Recomendo o filme, caso você seja uma patricinha loira, bonitinha mais burra ou um cara que não liga a mínima pra roteiros de filmes e só tá afim de encarar duas horas de filme porque o nome impressiona.

Eduardo Montanari Sobre o Autor:
Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática e trabalha como designer e web designer. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


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Virginiano, bauruense, Designer, ilustrador e web designer. Amante de cinema, quadrinhos, boa música e outras nerdices. Sonhando com o namorado ideal.

2 Divagações

  1. Mary4 de novembro de 2011 às 15:07

    Não vi o tal filme, nem gostei de Bruxa de Blair, acho que nem vou vê-lo.
    Também me perturbo com aquelas pessoas que ficam estagnadas em seu mundo, tenho uma amiga que é um saco. Outro dia falou q deixa os garotos até 2 horas no chuveiro, e que o marido reclamou de pagar mil reais de água. Mil?? Eu pago 60 reais. E qdo comentei que não deixo o Pietro brincando na água, só se for na banheira, uma vez na semana, pois gasta muita água e estou ensinando que é um bem finito, ela perguntou de onde eu tirei isso, que a água não acaba nunca. Ai que vontade.... mas sabe tudo de reprise de novela e de TV a cabo. Com certeza irrita!

    Também tenho previdência privada, eu e Pietro. Acho importante garantir a faculdade dele, ou então, se não precisar, deixar para ele investir, comprar seu próprio carro, ou o que precisar...

    Abraço.

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  2. Paulo Henrique6 de novembro de 2011 às 19:18

    Sabia que existe uma lei que diz que se você tem ou já teve câncer, você tem o direito de ser isento de impostos !? É verdade. Uma vez que você tenha câncer, adeus impostos. TODOS os impostos.
    Infelizmente quase ninguém sabe disso. Achei ótimo, mas Deus que me livre desse direito.

    R$50 não é grande coisa!? Opa! se é! Eu faço na mesma quantia, e o simples fato de conseguir dedicar de vez esse valor para uma coisa boa, já está valendo muito.

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