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Sobre palhaços diabólicos, perder grandes oportunidades de amadurecimento e características humanas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Faltam agora 3 dias para que eu volte ao trabalho e a minha vontade é embarcar numa nave espacial e mudar de planeta, mas não vou me prolongar mais nesse assunto porque já há umas duas postagens tenho reclamado disso. Ou eu aceito que as coisas estão como estão no momento e tento mudá-las no decorrer desse ano ou eu piro e tudo o que faço é ficar reclamando que nada é como eu quero que seja. Por natureza sempre acabamos reclamando bem mais do que agindo, se fizéssemos o oposto pouparíamos muito tempo e dor de cabeça, mas enfim, grande parte da raça humana tem essa característica inerente.
Uma vez que nada em minha vida vai mudar caso eu mesmo não promova essa mudança, decidi que já que não posso mudar de emprego no momento,
pelo menos vou tomando atitudes por fora que me permitam fazer isso num futuro próximo. Comentei noutra postagem que estava indeciso entre fazer um bom curso de inglês ou um cursinho pré vestibular, pois bem, pensei mais um pouco e cheguei à conclusão de que um pré vestibular me ajudará mais do que o inglês. Ter um curso superior ajuda muito mesmo e eu acho que se eu fizer um cursinho esse ano, não vou repetir o fiasco que fiz em 2009, quando abandonei tudo por depressão. Dessa vez não tenho pessoas nas quais queira me focar, com as quais queira competir idiotamente, sou apenas eu e meus planos, nada mais. Além do que, pretendo também prestar concursos públicos e o cursinho pode ajudar bem nesse sentido. Bem, decisão tomada, preciso agora conversar com minha prima, pois a idéia do cursinho foi dela, já que ela também pretende se inscrever junto com a filha e pedir um bom desconto. Não que eu ache que quem tem condições de comprar um XBOX 360 precise de descontos em alguma cousa, mas enfim, não custa nada chorar.


Na postagem anterior a essa, publiquei um texto falando sobre os vampiros de energia e suas características. Eu o achei interessantíssimo embora com certeza ele já tenha sido publicado dezenas e dezenas de vezes tanto na internet quanto fora dela, mas achei bacana divulgar novamente, pois é um comportamento humano típico muito comum. Acredito que todo mundo já se deparou com pessoas assim ou até mesmo se identificou, descobriu-se um vampiro ou pelo menos descobriu já ter sido um, o que foi o meu caso.
Conforme fazia a leitura do texto fui me sentindo mal, me sentindo mal por perceber o quanto dessas características eu já possui e algumas eu ainda possuo, hoje em um nível bem menor, graças aos céus, mas ainda assim pude ver o quanto todo esse comportamento destrutivo tanto para mim quanto para todos os que me cercaram arruinou muita coisa em minha vida, me privou de grandes possibilidades de amadurecimento e também como me fechou portas e me desviou de caminhos mais fáceis do que os que eu estou trilhando hoje. Comecei a lembrar de todas as situações que passei anos atrás, o quanto cobrei das pessoas, o quanto exigi delas coisas que elas não tinham a menor obrigação de me dar e o quanto essa cobrança toda lhes sugavam as energias.
Por mais que eu justifique hoje que não era assim por querer, que não fazia isso por mal caratismo, não posso realmente culpar a todos que com certeza dever ter tido vontade de apertar meu pescoço até cortar o meu suprimento de oxigênio. Hoje, lido com pessoas assim, no trabalho, na vida pessoal, com certeza encontrarei na minha futura vida estudantil, caso consiga chegar a ter alguma, e graças a isso consigo ver o quanto é desgastante e enfraquecedor se deixar enredar por pessoas assim.


Quarta-feira passada, aproveitando esses últimos dias que tem sido chatos e chuvosos, subi até a locadora com a intenção de alugar algum filme clássico de terror, algo da minha infância, um desses filmes que você assistiu quando tinha 10, 11 anos e hoje se lembra apenas vagamente de algumas cenas. Eu amo fazer isso, acho tão nostálgico e agradável, relaxante. Escolhi então um dos muitos filmes baseados nos muitos livros de terror do famoso escritor Stephen King (é óbvio que você já ouviu falar dele, se tem um mínimo de cultura). Embora hoje tenha perdido o hábito da leitura, mas espero um dia recuperá-lo para o meu bem, quando adolescente lia bastante, aprendi a ter gosto pela leitura com minha mãe e tia e conheci e passei a admirar Stephen King através das duas também.
Sempre gostei muito das adaptações dos livros de King para a tela, pois pelo menos até uns anos atrás elas eram bem fiéis aos escritos. O Iluminado, estrelado por Jack Nicholson e dirigido por Stanley Kubrick, Cristine o carro assassino, Colheita Maldita, todos ótimos livros que geraram ótimos filmes.
O filme que escolhi foi IT Uma obra prima do medo. Como já disse, assisti ao filme muitos e muitos anos atrás em VHS, nunca li o livro, mas adorei o longa (e bota longa nisso, o filme tem no total 186 min. Divididos em duas partes de 93 min. cada). Eis a sinopse:


“Na pacata cidadezinha de Derry, sete crianças se juntam para combater uma força maligna que, escondida atrás da inofensiva fantasia de um palhaço, está matando as crianças do lugar. Após conseguirem afastar o mal, eles fazem um juramento:  se aquilo voltasse algum dia, todos eles se reuniriam novamente, houvesse o que houvesse, para destruir de vez essa força maligna. Depois disso, 30 anos se passaram e as crianças da cidade de Derry começaram novamente a desaparecer misteriosamente. Agora já adultos esses amigos enfrentam um dilema: cumprir ou não o juramento feito na infância, colocando mais uma vez suas vidas em risco.

Apesar dos efeitos especiais limitados para a época, o filme é ótimo e pelo que escuto até hoje, fez muitas crianças terem medo de palhaços na época. Palhaço, aliás, que é muito bem interpretado pelo magnífico Tim Curry, o mesmo ator que brilhou no papel do alienígena travesti Frank N. Furter, do musical The Rocky Horror Picture Show. Curry ficou realmente irreconhecível debaixo de toda aquela maquiagem e o filme apesar de hoje ser considerado fraco, até mesmo bem bobo pela nova geração que gosta das coisas absurdamente óbvias e mastigadas, me fez sentir novamente com meus 10 anos de idade, quando a vida era bem mais fácil e eu não precisava ficar fazendo minha barba de 4 em 4 dias.


Eduardo Montanari Sobre o Autor:
Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática e trabalha como designer e web designer. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


1 Divagações

  1. É isso Edu, não sei se sou só eu, mas fico muito contente quando vejo alguém seguir em frente independente de todos os problemas e obstáculos que possam existir em suas vidas, acho que ficar chorando e reclamando só nos faz perder tempo, tempo esse que poderíamos ter empregado em tentar resolver os problemas e nos preparar melhor para o futuro, fico muito contente mesmo, já que vivo o mesmo, chorar e se lamentar nunca resolveu nada, boa sorte na nova empreitada cara.

    Cara, confesso que nunca fui de muita leitura, nunca tive quem me incentivasse a ler, e hoje sofro por isso, mas estou reparando esse erro, também gosto muito da obra de Stephen King, no gênero terror não tem melhor, eu lembro desse filme, mas nunca cheguei a assisti-lo, nem sei pq, já que curto muito filmes de terror, eu me lembro que na Band tinha O Cine trash, onde só passava perolas do terror, eu não perdia um, lembro até de ter visto anunciar esse filme, mas não cheguei a ver.

    Abraços

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