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Sobre amigos, queridos conhecidos, Batman Arkhan City e a lei de talião.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aos pouquinhos as coisas estão se ajeitando. Nada de emprego ainda, mas continuo mandando currículos e estou atento também aos concursos públicos, me inscrevi para um recentemente e a prova será em maio. Vamos ver no que vai dar, pelo menos agora estudando no cursinho, quem sabe não consigo me sair melhor?
Tirei a última quarta-feira para resolver todos os meus assuntos de uma vez. Com as papeladas necessárias em mãos, fui até a Caixa Econômica Federal sacar o meu FGTS, o que por sorte não demorou quase nada. Saindo da Caixa, fui ao banco depositar meu rico dinheirinho, depois ao Poupa-Tempo finalmente dar entrada no seguro desemprego, o qual graças aos céus terei por cinco meses, que é o período máximo, mas lógico que não tenho a mínima intenção de ficar cinco meses parado sem trabalhar. Vou conseguir um novo emprego e provar a algumas pessoas que não sou o merda que elas pensam.
Pelo menos a parte financeira está segura por um tempo, com o dinheiro do FGTS e do seguro, muito da minha angústia aliviou, mas o vazio, a solidão, velhos amigos que haviam me deixado por um tempo agora estão de volta. Domingo passado fiquei sozinho em casa e tudo o que fiz foi ver o dia passar. Como sempre pensei em cinema, em lanchonete, mas o que como sempre digo me faz falta, não é simplesmente sair, mas sim sair com alguém, ter companhia. Então entre sair sozinho e ficar amargurado ou passar o dia sozinho amargurado em casa, fico deitado no meu sofá que cansa menos.
Talvez soe falso o que vou escrever agora, pois me considero um egoísta nato, geralmente me preocupo só com os meus próprios problemas e deixo que os outros resolvam os deles, dando um apoio moral fraco e pouco eficaz, mas o caso é que grande parte da minha tristeza não é apenas por mim, pelas dificuldades que venho enfrentando, mas também porque uma pessoa que amo demais, que aprendi a amar demais está passando por um período muito difícil na sua vida, os dias passam e ela não melhora, não consigo ajudar, não consigo dar apoio, não consigo me aproximar mais dela e isso está me roendo por dentro aos pouquinhos, pois assim como aprendi o que é realmente amar alguém de verdade, também descobri que você não ter condições de ajudar quem ama é uma coisa que te destrói demais. Observar o outro sofrer e não poder fazer nada, faz você se sentir impotente e inútil.


Costumo dividir as pessoas, no caso de convívio social, em duas classificações: os amigos e os apenas “queridos conhecidos”. Antigamente quando era mais ingênuo, todo mundo era meu amigo, até mesmo o cara do fundo da sala que mal sabia meu nome, depois, com o passar dos anos fui aprendendo a filtrar melhor as pessoas e descobri que amigos de verdade mesmo são raríssimos. Por sorte quando eu morrer, sabe-se lá quando, vou poder olhar pra trás e dizer que tive os meus, poucos, mas bons.
Estava lembrando dia desses sobre um caso recente que aconteceu aqui no blog meses atrás. Não tenho o mínimo problema e não sinto qualquer culpa em falar mal de quem não gosto. Sou meio adepto daquela lei de talião, “olho por olho, dente por dente”, fora o fato de que tenho um instinto primitivo bastante desenvolvido, deixo a moral de lado e se me sinto ofendido, pressionado ou ameaçado, revido com a mesma moeda.
Geralmente não apago nenhuma das minhas postagens aqui do blog. Falo o que quero, o que penso, de quem eu quero e assumo as consequências. Não sou aquele tipo de pessoa, pelo menos não mais, que dá um tapa na cara e depois diz que foi sem querer. Mesmo que no final das contas eu esteja errado, que não tenha razão em fazer o que fiz, de uma verdade não fujo: Faço porque quero.
O caso é que nessa postagem, depois de ter saído com algumas pessoas, passado o dia com elas, atualizei-me sobre um monte de podres sobre um desafeto meu. As pessoas que ele tanto julga seus amigos passaram o dia todo, de manhã até a noite falando mal dele, de seus costumes, seu comportamento. Óbvio que eu usei de todas essas informações para redigir uma postagem bem ácida, afinal ele foi injusto comigo e jamais pediu desculpas, nada mais justo então do que eu lhe pagar na mesma moeda. Gosto de provocar as pessoas e admito que isso me diverte, ainda mais quando elas merecem isso. 
Alguns dias depois dessa postagem, uma dessas pessoas com quem saí entrou em contato comigo. O detalhe: elas nunca entram em contato comigo para absolutamente nada, saímos juntos nessa vez por mero acaso do destino. Elas não sabem se estou vivo ou morto, não se importam, acho que não se lembram nem do meu segundo nome. Nunca me ligaram pra ver se eu precisava de alguma coisa, se queria sair ou etc.


“Olho por olho, dente por dente e o mundo acabará cego”, já dizia Gandhi. Bom, to nem aí pra ele. O lance é que dias após a publicação da tal postagem, como disse, uma dessas pessoas entrou em contato comigo muito chateada, dizendo que o meu desafeto leu o que eu escrevi e foi tomar satisfações com ela. Disse que ficou chateada porque eu a “entreguei” e me pediu pra que eu retirasse alguns trechos da postagem. Sabem quando a gente fica daquele jeito tipo meio “ai meu saco, dai-me paciência”. Tipo, a pessoa nunca fala comigo, não sabe se estou bem, se estou mal, se eu morri, mas aí nessas ocasiões ela se dá ao trabalho de mostrar sinal de vida e entrar em contato.
Como eu estava sem paciência para debates, por educação decidi apagar logo toda a postagem, afinal embora tenha sido prazeroso saber dos podres de meu desafeto e escrever sobre eles, é algo sem o qual posso perfeitamente viver. Estou há anos e anos sem sexo, um texto a mais, um a menos não faz diferença.
Apaguei a postagem e tudo foi resolvido, a pessoa agradeceu, se acalmou e sumiu novamente, nunca mais entrou em contato, não sei mais nada dela e ela não sabe mais nada de mim, a menos que leia o blog e eu não saiba. Mas o fato é que revendo isso tudo hoje, me arrependo de ter apagado a tal postagem, pois sim, o fiz por educação, afinal ao atacar meu desafeto acabei atingindo outras pessoas no processo (não que eu ligue tanto assim), mas é engraçado ver o quanto algumas pessoas só se voltam pra você quando precisam ser beneficiadas de alguma forma, seja com um favor, seja com uma retratação formal. São esses os que eu chamo de queridos conhecidos. Pessoas que você conhece, conversa uma vez na vida outra na morte, mas que na verdade não lhe consideram, não se preocupam com você, que te julgam sem conhecimento completo de causa. Talvez seja eu um querido conhecido de muita gente e não saiba, mas o caso é que não me importo mais. É nas piores fases da nossa vida que descobrimos quem são nosso verdadeiros amigos e hoje eu posso afirmar que sei quem são eles, que tem seus problemas, tem suas vidas pra resolver, seus dilemas pra enfrentar, mas ainda assim se importam com o que acontece ou não com você. Agradeço a Deus por meus únicos cinco amigos verdadeiros, aqueles que sei, muitas vezes abdicam de si por mim: Raphael, Levi ventura, Adriano, Renata e Liene. Sei que posso até estar sendo injusto com alguém, mas a verdade é que as únicas pessoas que tem sido constantes em minha vida, nas horas que eu mais tenho precisado tem sido essas.


Apesar de atualmente estar com pouco tempo e paciência pra ler quadrinhos, essa é uma coisa que ainda adoro fazer. Não faço mais coleções como antigamente de cem, cento e poucas edições. Hoje compro apenas algumas edições especiais encadernadas, raramente quando saem e quando o preço é acessível ao meu padrão de vida. Não sou desses caras de pagam 40, 50 reais em um gibi só porque ele é famoso ou feito de material especial.
Passando numa banca de revistas alguns dias atrás, deparei-me com uma revista que me chamou bastante a atenção: BATMAN ARKHAN CITY.
Pra quem não sabe, B.A.C é um famoso jogo de videogame que inclusive foi eleito o melhor jogo do ano de 2011. Adoraria jogá-lo, mas não tenho um desses videogames de última geração e nem um computador potente o bastante pra isso, mas como fã, conheço bem o jogo e sei que é maravilhoso.
Fiquei espantado ao ver nas bancas, publicada pela Panini, essa edição. Capa dura, encerada, dentro do plástico, toda bonitinha, então não resisti. Sou nerd, nerds não resistem muito a esse tipo de coisa.
A história em quadrinhos é um prelúdio do jogo, ou seja, mostra o que aconteceu antes da história do jogo, como tudo começou. Mais especificamente se passa entre o primeiro jogo, BATMAN ARKHAN ASYLUM e o segundo, ARKHAN CITY
Como disse, nunca joguei nenhum dos dois jogos e talvez nunca os jogue, pois pagar mais de 1500 reais em um videogame não está nos meus planos nem agora e nem mais adiante, com tantas coisas mais relevantes que tenho pra resolver, mas acompanho a trama e gostei bastante não só da arte dos quadrinhos como do roteiro. Recomendo a leitura para todos os fãs do Batman, de videogames e pra quem gosta de arte digital, pois a coloração das páginas feita por computador está magnífica.




Eduardo Montanari Sobre o Autor:
Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática e trabalha como designer e web designer. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


2 Divagações

  1. Eduardo, mal acredito que tenha lhe escrito tantas coisa e o fantasma virtual apagou tudo! rsss

    Sobre amigos e conhecidos, nos ultimos anos amigos virtuais tem sido muito mais meus amigos do que aqueles que conheço pessoalmente. No inicio eu até ficava surpresa, mas acontece que voces me deram bens sentimentais que nem parentes se preocuparam comigo!

    Eu posso, por exemplo, nao lhe visitar tanto quanto gostaria, mas nunca me esqueço de voce. Já estou, inclusive, familiarizada com a sua maneira de se expressar.

    Eu desejo, de todo coração, que logo consiga um emprego ou quem sabe, passe num concurso! Estou torcendo por voce.


    BEIJOS

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    1. É por isso que eu sempre escrevo meus textos e comentários no bloco de notas antes de postar. Ajuda muito. hehe...

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