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Lembre-se de mim.

sábado, 14 de junho de 2014

Cansaço...
Esse vai ser o primeiro final de semana, depois de um bom tempo, no qual vou poder de fato descansar um pouco. Das seis disciplinas que cursei nesse semestre que terminou, reprovei em apenas uma e vou prestar o exame no dia 1º de julho, até lá, vou ter um tempo extra e mais sossegado para estudar, pois agora só preciso dar conta de Tipografia.
Meu cansaço não tem vindo apenas dos estudos, quem me dera fosse apenas isso. Andei tendo alguns problemas de saúde, fiz alguns exames e de hoje em diante vou ter que passar a me cuidar bem mais, fazer mais exercícios e me alimentar melhor. Coisa da idade, as vezes esqueço que, apesar de ainda não ser um velho caquético, ser até bem gato e estar solteiro (#fikadika), já estou com 38 anos de vida e além de já estar com alguns bons fios brancos na cabeça, é bom não abusar de certas coisas. Nunca fui de beber demais e nem comer muitas porcarias. Cigarro? Já experimentei sim. Maconha? Uma vez apenas e me fez mais mal do que bem, meu amigo Adriano que o diga, foi ele quem me socorreu, mas, molecagens à parte, nunca fui um atleta e nem um exemplo de disposição, mas sempre me cuidei. Pelo menos em alguns sentidos. Estou bem, graças aos céus, mas como eu disse, chega um momento na vida de todos nós em que precisamos redobrar alguns cuidados.

Viagem...
Minha viagem esse ano para o Anime Friends, na cidade de São Paulo, é no dia 26 de julho e confesso que estou apático quanto a isso. Não sou um poço de mal humor, mas nos últimos anos e principalmente nesse, tem me acontecido coisas que tem me deixado puto, e agora, me meter no meio de um monte de garotos de 15 anos, agindo como se tivessem 5 e marmanjos de 30, agindo como se tivessem 15, é muito, muito irritante. Gosto de quadrinhos, gosto de ver os cosplayers e todo aquele monte de coisa, me distrai, sério, mas tenho notado que ando bem intolerante com certos tipos de pessoas, talvez porque a gente vai envelhecendo e percebendo que a vida não é essa diversão toda que alguns enxergam, felicidade e amor são relativos e que as vezes algumas coisas acontecem de forma tão sem sentido que faz você parar pra pensar se não estamos simplesmente largados aqui, sem uma força superior nos guiando ou zelando por nós. 
Eu vou, porque é melhor se distrair com algo do que passar o sábado sozinho. Seja como for, é um passeio e vou ver coisas do meu interesse. Melhor do que ficar em casa, remoendo assuntos sem solução.

Orgulho...
Na sexta-feira passada fui surpreendido por um recado dele no Facebook que, até agora, quando me pego lembrando, não sei especificar o tipo de sentimento que me causa. Ele disse que sonhou comigo na noite passada, que conversávamos ao telefone, que choramos e rimos durante a conversa e que ele sente minha falta. Dizer que esse tipo de mensagem não mexe comigo é mentir, o problema é que hoje, me encontro de um jeito que não consigo mais filtrar direito se me afeta mais para o negativo ou para o positivo. É um misto bizarro dos dois.
Por um lado, fico feliz em saber que ele ainda sente minha falta, pois é o que quero, é o que sempre espero das pessoas em geral, que sintam minha falta, que me queiram de volta, mas como eu disse, meus sentimentos são conflitantes, um misto bizarro de bem e mal. O meu "ficar feliz porque ele sente minha falta" tem um "q" de crueldade. Quando somos deixados de lado por algum motivo ou magoados por alguém que gostamos muito, vez ou outra temos aquele pensamento egoísta de: "Um dia, vai ser a pessoa que vai sentir a minha falta, ela vai se colocar em meu lugar e vai me procurar, vai precisar de mim, aí então, vou ter o gosto e o prazer de desprezá-la como ela fez comigo". Saber que ele sente minha falta, que gostaria de voltar a conversar comigo, não me deixa feliz apenas porque isso mostra que ele ainda se importa comigo, mas também, porque eu ainda acho que ele merece sentir minha falta. Ele quis se afastar quando lhe foi mais conveniente. A maioria das pessoas age assim e isso me machucou desde sempre.

Por outro lado, tem o meu orgulho ferido, que me faz insistir em disputar uma queda de braço com ele, que sei que jamais poderei vencer. Jamais vou conseguir deixar de me sentir substituído por alguém que ele julgou melhor e isso é o que tem mantido essa minha chama de mágoa acesa por tanto tempo. Sinto tanto a falta dele quanto ele a minha, ele sonha que conversamos por telefone, eu ainda sonho que nos encontramos pessoalmente, ele quer saber como andam as coisas, eu ainda quero saber o que ele faz do acordar ao dormir. São níveis diferentes de querer, são níveis diferentes de saudade que, com a mudança de ambos, acabaram se tornando incompatíveis. Ambos nos "queremos de volta", ambos sofremos com o afastamento um do outro, mas no final das contas, quem perdeu mais fui eu, me sobrou a solidão, entre outras pequenas cicatrizes que terei que carregar pra sempre, cicatrizes que eu mesmo me causei, mas com a intenção de chamar-lhe a atenção, de fazer com que, diante disso, eu fosse o mais importante, eu fosse sua prioridade, mas não foi isso que aconteceu. Nunca é assim que acontece.
Eu terminei a conversa com um "me deixe em paz", assim como, meses atrás, eu terminei com um "eu odeio você". Ódio é uma palavra forte demais e hoje, pra mim, "ter paz" é relativo. Apesar de todas as coisas eu jamais o odiei como disse que odiei e eu acho que posso dizer que pude presenciar a paz quando o olhava dormindo, mesmo daqui da minha sala, mas nada nunca mais vai voltar a ser como antes, então, uma vez que o "odeio você" é uma mentira movida pelo meu orgulho e o "me deixe em paz" segue pelo mesmo caminho, então eu só posso pedir que, faça o que fizer, esteja onde e com quem estiver...


lembre-se de mim, sempre. Já está de bom tamanho.


Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Nascido e ainda morando na cidade de Bauru, interior do Estado de São Paulo, sou estudante de Design e trabalho como designer e web designer, áreas pelas quais tenho muito interesse.
Amo cinema, quadrinhos e boa música.



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