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Sobre picaduras pouco eficazes, garotos inquietos e algumas iniciativas vagarosas.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Há alguns dias tomei a quarta (e espero que última) dose da vacina contra o mortífero vírus COVID-19, o qual já ceifou inúmeras vidas, algumas inocentes outras não, desde seu surgimento no planeta. Por um lado, fiquei feliz, já que fui inoculado com a quantidade máxima de doses recomendadas pelos especialistas brasileiros até o presente momento, mas por outro, vendo várias pessoas, mesmo já “imunizadas” contraindo a doença, ainda que de forma mais branda, não apenas o fato me preocupa, mas também me deixa inseguro e frustrado.
Confesso que atualmente tenho usado a máscara de proteção facial sobre a face, cobrindo boca e fossas nasais, somente nos lugares que realmente a exigem, como ônibus e farmácias, mas na época de sua obrigatoriedade geral, cumpri a lei como ordenado. Por sorte, até onde sei, nem eu nem ninguém de casa contraiu COVID, a menos que tenhamos ficado assintomáticos e contaminado outros humanos sem nos dar conta disso. Tomei também, no mesmo dia, a dose anual da vacina antigripal.

Recentemente decidi prestar um concurso público para a Câmara Municipal aqui da cidade. Tenho um amigo muito estudioso que praticamente presta um concurso por semana e faz a gentileza de me avisar sobre vagas que talvez possam me interessar, mesmo sabendo que eu não sou nada motivado ou dedicado aos estudos. Como disse, muito gentil da parte dele. De minha parte, mesmo tendo consciência de que sequer ficarei entre os classificados, decidi dessa vez tentar, afinal se pararmos pra pensar, gastamos dinheiro com lanches e pizzas que às vezes custam mais de quarenta dinheiros, então por que não pagar a inscrição de um concurso público e passar pela experiência de tentar a prova? Além do mais, foi interessante entrar nas dependências do meu velho colégio, do qual não tenho saudade nenhuma, mas o qual foi nostálgico revisitar. Diferente de muitas outras coisas na vida, ele não mudou quase nada. Talvez uma mão de tinta, pisos novos e móveis mais modernos aqui e ali.

Na opinião do meu amigo a prova estava difícil até mesmo para quem estudou. Não que eu deva usar isso como uma muleta para me sentir melhor por não ter estudado, mas sim, eu me senti, dane-se. Creio que acertei algumas de informática, outras poucas de língua portuguesa e interpretação de texto, mas as questões de legislação entreguei na mão do destino, marcando a folha de respostas tal qual um apostador da Mega-sena.
Com as questões de matemática não foi diferente, logo na primeira já mandaram uma equação sei lá de qual grau, com uns símbolos que para mim mais pareciam hieróglifos egípcios. Me lembro de ter estudado tudo isso na escola, mas depois de tantos anos já nem me lembro mais pra que servem.

Claro que não empurrei tudo com a barriga. Algumas questões me esforcei para tentar responder, outras já não estavam tão difíceis. Perdi uns bons 15 minutos numa questão sobre quatro garotos serelepes que quebraram um vaso e ficaram acusando uns aos outros, o negócio era, através do que cada um dizia, tentar descobrir quem foi o verdadeiro filho-da-putinha. Foi divertido tentar decifrar o mistério nos primeiros 5 minutos, mas depois comecei a me cansar. Detesto crianças e principalmente crianças com fogo no rabo que não param quietas. Mandei mentalmente os quatro pirralhos pra puta que os pariu, dei um tapa imaginário na cara de cada um, cortei os rostos deles com os cacos do vaso que quebraram e passei pra próxima questão, a qual também não fazia a menor ideia da resposta.

Ainda sobre iniciativas, recentemente fui até o SESC aqui da cidade renovar minha carteirinha e ver qual o valor da academia. Tenho estado bastante sedentário, o que não entendo o porque, já que bebo bastante água e nem tenho sede, mas minha médica disse durante minha última consulta que preciso me exercitar mais. Já costumo caminhar bastante mas não tem sido o suficiente. Nunca fui fã de exercícios físicos ou quaisquer tipos de esporte, pois nunca me encaixei muito socialmente. E não, ainda não fiz a inscrição pra começar, não me elogiem e nem aplaudam, mas está nos meus planos, assim que conseguir organizar alguns gastos.
Pretendo voltar a nadar assim que esse frio passar um pouco, já que o uso das piscinas com a carteirinha que tenho é de graça. Em verdade as piscinas foram liberadas já faz algum tempo, mas o uso de máscara fora delas ainda era obrigatório e eu, que já não sou atraente naturalmente, sentado numa cadeira, só de sunga e máscara na cara, então, nem se fala.

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