Sobre massas de ar quente e seco, ligações imaginárias, presentes melados e boca livre.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Primeira semana de volta ao trabalho e eu já ando passando muito mal. Acredito ser por causa de dois motivos, o primeiro é o fato do meu organismo ter se acostumado com o ritmo de férias. Passei um mês inteiro indo dormir à 01:30h da manhã e acordando às 11:00h, não que eu tivesse nada pra fazer na internet até tão tarde, mas simplesmente não queria ir dormir. Agora, voltando a acordar todos os dias as 06:00h da manhã tenho me sentido esquisito, cansado o tempo todo, com dor de cabeça e falta de ar constantes.
O segundo motivo acho que é devido à essa secura toda do ar. Estou espantado e até meio com medo, pois parece que essa massa de ar quente e seco está em cima do Estado todo e durante o dia, em qualquer ponto da cidade você consegue ver uma neblina estranha no ar, como uma camada de poeira ou sei lá. Tenho passado muito mal. Olhos ardendo, nariz seco, garganta arranhando e falta de ar. Não tenho nenhum problema respiratório, mas mesmo assim está difícil respirar e manter a sanidade.
Consegui chegar no que eu considero o extremo do ridículo no modo de lidar com a minha solidão e carência. Eu já notei que desenvolvi essa "mania" há algum tempo, mas tenho percebido com o passar dos meses que ela está se tornando cada vez mais constante. Quando estou em lugares públicos, muito cheios de pessoas ao meu redor, pessoas descoladas, extrovertidas, principalmente grupos de amigos e casais e eu estou sozinho, automaticamente me sinto tão deslocado que saco o celular do bolso e começo a fingir que estou conversando com alguém (geralmente uma namorada) por minutos a fio.
Sei que é ridículo e deplorável, mas acabou ficando uma coisa meio automática. Começo a me sentir tão mal no meio das pessoas que das duas, uma: ou eu vou embora do local ou eu faço o que faço, acendo o celular e finjo estar conversando feliz e descontraidamente com alguém. Já tive várias brigas imaginárias com a minha namorada imaginária. Bom, pelo menos o celular não é imaginário. Já é um começo. Pior seria se eu pegasse um tijolo ou uma banana.
Aliás, falando em celular, o meu só tem servido mesmo nos últimos meses como despertador e relógio. Nem posso dizer que ele é daqueles "pai de santo", porque praticamente ninguém me liga. Também, tenho pouquíssimos números na minha agenda. A maioria é de primos e parentes com os quais pouco tenho contato, um ou outro conhecido, dentista, banco e acho que do tempo do colégio técnico devo ter uns três números apenas, sendo que desses três, um eu já devia ter deletado há meses, mas como sempre, fico insistindo em me prender a coisas e pessoas que já estão em outra esfera. Como sempre esperando algo que não vale a pena esperar.
Infelizmente como a maioria dos aparatos tecnológicos de hoje, o celular passou de artigo de luxo para gênero de primeira necessidade. Chego a me sentir mal se saio de casa e esqueço o celular, mesmo sabendo que absolutamente ninguém pretende me ligar.
Mais um aniversário chegou e como eu disse no post anterior, não estou dando a mínima. Com tantas outras preocupações na cabeça a minha última é essa. Estou a ponto de deixar o emprego, minha tia está com tendinite e vai ter que operar os olhos por causa do pitirijo, além de mandar fazer óculos, minha mãe tomando cada vez mais remédios (agora é pra pressão também). Sinceramente quero que meu aniversário se exploda, não to nem aí e não to nem ligando se vou ganhar parabéns ou não. Não são parabéns e votos de felicidade que vão tirar de mim essa angústia, o peso e o vazio que eu estou sentindo.
Provavelmente o máximo que farei é ir na lanchonete a noite (sozinho lógicamente) e comer um Cheese-Salada e uma cerveja geladinha. Lóóógico que eu preferia ter a companhia fosse de um amigo fosse de uma garota, mas como eu disse, cansei de mendigar amizade de quem não tem tempo pra mim. Com certeza ao aniversário das namoradas e namorados nenhum deles vai faltar. E nem presentes grandes, grossos, roliços e meladinhos (não que eu tenha visto já). Como eu disse, tenho de certa forma até preferido estar só. Não que eu goste, mas se for pra ter "restos de atenção e carinho" eu prefiro mesmo estar só.
Acho que vou aproveitar o embalo da namorada imaginária e criar uns amigos imaginários também, de preferência que tenham carro pra dar carona quando eu estiver chapado de cerveja imaginária.
Sexta que vem agora vai ter um almoço mega legal dos Correios e logicamente eu vou. Não pelas pessoas é claro, já que gosto de menos da metade do pessoal de lá, mas a comida vai ser boa, de graça e de repente eu posso até faturar algúm brinde no sorteio. Ano passado ganhei um pen drive enquanto a maioria só levou uma chavinha de fenda escrota que, com a tampinha, parecia mais um supositório.
A única coisa que vai me segurar lá além da comida são algumas de minhas amigas bacanas que sei que gostam muito de mim. De resto é só excesso de contingência.
O segundo motivo acho que é devido à essa secura toda do ar. Estou espantado e até meio com medo, pois parece que essa massa de ar quente e seco está em cima do Estado todo e durante o dia, em qualquer ponto da cidade você consegue ver uma neblina estranha no ar, como uma camada de poeira ou sei lá. Tenho passado muito mal. Olhos ardendo, nariz seco, garganta arranhando e falta de ar. Não tenho nenhum problema respiratório, mas mesmo assim está difícil respirar e manter a sanidade.
Consegui chegar no que eu considero o extremo do ridículo no modo de lidar com a minha solidão e carência. Eu já notei que desenvolvi essa "mania" há algum tempo, mas tenho percebido com o passar dos meses que ela está se tornando cada vez mais constante. Quando estou em lugares públicos, muito cheios de pessoas ao meu redor, pessoas descoladas, extrovertidas, principalmente grupos de amigos e casais e eu estou sozinho, automaticamente me sinto tão deslocado que saco o celular do bolso e começo a fingir que estou conversando com alguém (geralmente uma namorada) por minutos a fio.
Sei que é ridículo e deplorável, mas acabou ficando uma coisa meio automática. Começo a me sentir tão mal no meio das pessoas que das duas, uma: ou eu vou embora do local ou eu faço o que faço, acendo o celular e finjo estar conversando feliz e descontraidamente com alguém. Já tive várias brigas imaginárias com a minha namorada imaginária. Bom, pelo menos o celular não é imaginário. Já é um começo. Pior seria se eu pegasse um tijolo ou uma banana.
Aliás, falando em celular, o meu só tem servido mesmo nos últimos meses como despertador e relógio. Nem posso dizer que ele é daqueles "pai de santo", porque praticamente ninguém me liga. Também, tenho pouquíssimos números na minha agenda. A maioria é de primos e parentes com os quais pouco tenho contato, um ou outro conhecido, dentista, banco e acho que do tempo do colégio técnico devo ter uns três números apenas, sendo que desses três, um eu já devia ter deletado há meses, mas como sempre, fico insistindo em me prender a coisas e pessoas que já estão em outra esfera. Como sempre esperando algo que não vale a pena esperar.
Infelizmente como a maioria dos aparatos tecnológicos de hoje, o celular passou de artigo de luxo para gênero de primeira necessidade. Chego a me sentir mal se saio de casa e esqueço o celular, mesmo sabendo que absolutamente ninguém pretende me ligar.
Mais um aniversário chegou e como eu disse no post anterior, não estou dando a mínima. Com tantas outras preocupações na cabeça a minha última é essa. Estou a ponto de deixar o emprego, minha tia está com tendinite e vai ter que operar os olhos por causa do pitirijo, além de mandar fazer óculos, minha mãe tomando cada vez mais remédios (agora é pra pressão também). Sinceramente quero que meu aniversário se exploda, não to nem aí e não to nem ligando se vou ganhar parabéns ou não. Não são parabéns e votos de felicidade que vão tirar de mim essa angústia, o peso e o vazio que eu estou sentindo.
Provavelmente o máximo que farei é ir na lanchonete a noite (sozinho lógicamente) e comer um Cheese-Salada e uma cerveja geladinha. Lóóógico que eu preferia ter a companhia fosse de um amigo fosse de uma garota, mas como eu disse, cansei de mendigar amizade de quem não tem tempo pra mim. Com certeza ao aniversário das namoradas e namorados nenhum deles vai faltar. E nem presentes grandes, grossos, roliços e meladinhos (não que eu tenha visto já). Como eu disse, tenho de certa forma até preferido estar só. Não que eu goste, mas se for pra ter "restos de atenção e carinho" eu prefiro mesmo estar só.
Acho que vou aproveitar o embalo da namorada imaginária e criar uns amigos imaginários também, de preferência que tenham carro pra dar carona quando eu estiver chapado de cerveja imaginária.
Sexta que vem agora vai ter um almoço mega legal dos Correios e logicamente eu vou. Não pelas pessoas é claro, já que gosto de menos da metade do pessoal de lá, mas a comida vai ser boa, de graça e de repente eu posso até faturar algúm brinde no sorteio. Ano passado ganhei um pen drive enquanto a maioria só levou uma chavinha de fenda escrota que, com a tampinha, parecia mais um supositório.
A única coisa que vai me segurar lá além da comida são algumas de minhas amigas bacanas que sei que gostam muito de mim. De resto é só excesso de contingência.
7 Divagações
Opa, aproveita a festa lá e não deixe de conversar com as pessoas, porque vai que em uma dessas você encontra um grande amigo ou uma bela namorada.
ResponderExcluirBoa sorte e boa festa!
Abraços.
Esta foto é a cara do Brasil! Pena que não podemos transferir ar seco para o pior lugar com o clima mais horroroso do Brasil que é curitobas. Ali o frio abaixo de zero, chuvas, nuvens negras, vento e doença tornam a sobrevivência da espécie difícil.
ResponderExcluirNunca mais poderei ver uma chave de fenda sem ter um ataque de gargalhadas depois do seu genial post! E minhas teens idem!
Nunca se sabe onde está escondida a Cinderela. Vai que ela está justamente neste almoço. Acredite em seus sonhos, por mais estapafúrdios que sejam. Um dia você pode se surpreender. Se eu fosse a algum almoço como este certamente sairia de lá com uma canetinha tipo supositório. rs
ResponderExcluirUm abraço e desejo sincero de um ótimo final de semana.
Angel
Então aproveita a festa dos correios. O fato de sentir-se mal é por causa do clima seco mesmo, aqui é comum, tem 5 meses que não chove e obras por todo lado. Ao entardecer percebe-se uma extensa faixa escura no horizonte, é poluição; e para ajudar todos os dias tem uma queimada, a fumaça não se dissipa nunca. E a ente sofre mesmo. Abraço.
ResponderExcluirEu já tive amigos imaginários durante anos.
ResponderExcluirNa época eu não tinha amigos parecidos comigo, com as mesmas idéias, mesmos gostos.. e mesmo com muitas pessoas ao meu redor, me sentia sozinha.
Hoje, consegui encontrar pessoas parecidas comigo pra sair, ir a lugares que também curto ir, pessoas com mais cultura digamos assim.
Enfim, eu achava que era louca depois de um certo tempo, daí fui parando de conversar com esses "amigos" que na realidade eram apenas dois.
Um era um assexuado que entendia todos os meus problemas e me aconselhava certas coisas.
O outro era um senhor que conversava comigo assuntos que me interessava. Loucura não?
Pois é. rsrs
E essas festas que tem comida de graça sempre vale a pena ir :D
Relmente está insuportável respirar. Minhas plantinhas estão gritando socorro. Aliás, o aconselho a ter plantinhas. Elas são ótima companhia.
ResponderExcluirO tempo seco não ajuda em nada, mas a chuva nos abandonou. "ó chuva vem me dizer se posso ir lá em cima prá derramar você...", a Marisa Monte tenta ajudar, mas tá difícil.
ResponderExcluirHum, nunca tive amigos imaginários ou algo do tipo, acho mesmo que é por causa da minha falta de criatividade... hahaha
Adorei seu blog, você escreve tão bem que não dá vontade de parar de ler. Muito bom, mesmo!
Passarei sempre por aqui. Obrigada pela visita e comentários. bjns
Muito obrigado por comentar. Sendo contra ou a favor de minhas opiniões, as suas são muito interessantes para mim. Tenha certeza!