Sobre falsificações substituíveis, prescrever medicações, boa música e ânus violados.
sábado, 27 de novembro de 2010
Achei que fosse ser mais difícil tomar essa decisão, mas creio que por ser uma coisa que há tempos quero fazer acabou que não doeu tanto assim. Na quinta passada finalmente depois de muito relutar e inventar desculpas eu fui ao psicólogo pedir um encaminhamento para um psiquiatra. Chique não?
Já disse várias vezes aqui que cheguei a conclusão de que talvez precise tomar algúm tipo de medicação para me ajudar a melhorar, ficar mais calmo, menos ansioso, raciocinar melhor e diminuir essa angústia desgraçada que me toma há anos. Um psicólogo ajuda bastante, mas o caso é que ele não pode receitar medicação, isso não cabe a ele, para tanto existe o psiquiatra, profissional que analisa o seu caso mais a fundo e se for o caso, prescreve alguma medicação para você começar a tomar, talvez por algúm tempo, talvez pelo resto de sua vida, vai saber.
Eu vinha relutando tomar essa decisão por uma série de motivos, medo dos efeitos colaterais, do que as pessoas iriam pensar se soubessem, receio de não poder mais fazer algumas cousas, tipo tomar a minha cervejinha de vez em quando, mas chega um momento em que a coisa fica tão critica que você precisa optar. Se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos é que para ter mudanças em sua vida você é obrigado a passar por situações as vezes desagradáveis, as vezes estranhas e acima de tudo, abrir mão de coisas para conseguir outras.
Fico pensando que vivo fazendo coisas pelos outros e não por mim, e agora, fico relutando em fazer algo por mim por causa dos outros. Eu insisto em não aceitar o fato de que as pessoas que conheci não estão mais nem aí pra mim, se estou bem, se estou mal ou se preciso de ajuda, então, pra que continuar relutando? Eu preciso me ajudar e se uma das formas é essa, me medicando, então que seja.
Fui na estréia de Harry Potter e as relíquias da morte - parte 1 na sexta-feira retrasada e cheguei a conclusão de que ir ver um filme famoso em dia de estréia só tomando muito calmante antes. OW INFERNO meu Deus do céu! Além do shopping lotado de gente se esbarrando nos corredores, o número de manos, patricinhas idiotas, fãs do Restart e principalmente casais se agarrando pra todo lado estava astronômico. E como eu estou daquele jeito tipo "odeio a humanidade", eu quase surtei lá dentro. Odeio multidões, aglomeração e barulho, ODEIO! Só o Harry pra me tirar de casa nessas situações mesmo. Um detalhe a mais é que adoro pikó-k de cinema, adoro mesmo.
Definitivamente Harry Potter deixou de ser um livro/filme infanto-juvenil desde o quinto livro. Surpreendi-me com o clima dark e pesado do último longa, cheio de drama, sofrimento e tensão. A morte de um dos personagens mais queridos da série ao final da primeira parte me deixou realmente com lágrimas nos olhos e um nó na garganta.
Pra minha infelicidade temporária, notei logo depois de sair do shopping que havia perdido a minha carteirinha de estudante falsa que falsifiquei com tanto carinho, o que me deixou completamente sem chão, já que ela tem sido a minha companhia pro cinema nos últimos dois anos, me permitindo pagar meia em todas as vezes. Perdê-la foi como perder alguém que eu amava muito. Mas como todo o garande amor que todos os casais apaixonados "acham" que tem, minha perda não foi insubstituível, já que eu tinha na gaveta de casa uma gêmea dela, pronta pra ser plastificada em caso de perda, inclusive com a validade aumentada em mais uns dois anos, se bem que pelo que eu vejo nos cinemas daqui, mesmo que eu colocasse a data de validade da carteirinha lá no período cretácio ninguém iria notar, já que nem o caixa e nem o bilheteiro pedem a carteirinha na hora de entrar, basta você pedir meia entrada e eles te dão. Espero que ninguém que trabalha naquele cinema esteja lendo isso.
Me pergunto o que seria da minha vida sem a música, digo, boa música, não esse lixo moderno de hoje em dia, essas tendências e modinhas, falo de música bem tocada, bem cantada e com conteúdo relevante. Uma das coisas que voltei a fazer agora que estou temporariamente desempregado foi tirar a poeira dos meus antigos CD's e voltar a ouví-los. Legião Urbana, Abba, A-ha, Enya, The Corrs, como é bom. Parece que eu não os ouvia há anos. Bom, na verdade não ouvia mesmo, depois que entrei no colégio técnico, na tentativa de me enturmar e fazer os amigos gostarem mais de mim eu passei a escutar o tipo de música que eles gostam, as quais na verdade não são de todo ruins, Evanescence, Moptop, Sex Pistols, em alguns casos eu apurei meu gosto musical descobrindo novas bandas legais, mas nada como você ter personalidade própria e gostar das próprias coisas.
Posso estar o quão deprimido for, chateado, nervoso, mas é só colocar uma música da Enya pra tocar por exemplo, que eu viajo pra terras distantes e tudo fica muito mais fácil de lidar. O piano, os violinos, as flautas, adoro esses instrumentos e melodias onde são usados, parece coisa de outro mundo, incrível o poder de um determinado som sobre você.
Outro dia voltando de uma entrevista de emprego lá no cú do Judas, passei caminhando por várias vilas "barra-pesada" aqui da cidade, algumas quase favelas, geralmente tenho medo de fazer isso, mas ultimamente tenho andado tão transtornado com alguns problemas que não tenho ligado muito para o perigo de nada. Muitos barracos, muita pobreza, ruas sem asfalto, mas apesar do receio de ser assaltado ou ter o ânus violado, gostei do passeio, pois gosto de observar os humanos e a sua natureza, já que não me sinto parte disso. Ainda falando em música, o que mais ouvi nas casas e nos carros durante o caminho de volta e enquanto passava pela periferia foi rap, hip-hop e funk, tipo de música que na verdade nem considero música. As classes mais pobres reclamam de discriminação, mas eu realmente não sei o que esperar de uma pessoa que ouve Diário de um detento, dos Racionais MC's e acha que tá ouvindo algo de qualidade.
É só por agora. Bom domingo.
Já disse várias vezes aqui que cheguei a conclusão de que talvez precise tomar algúm tipo de medicação para me ajudar a melhorar, ficar mais calmo, menos ansioso, raciocinar melhor e diminuir essa angústia desgraçada que me toma há anos. Um psicólogo ajuda bastante, mas o caso é que ele não pode receitar medicação, isso não cabe a ele, para tanto existe o psiquiatra, profissional que analisa o seu caso mais a fundo e se for o caso, prescreve alguma medicação para você começar a tomar, talvez por algúm tempo, talvez pelo resto de sua vida, vai saber.
Eu vinha relutando tomar essa decisão por uma série de motivos, medo dos efeitos colaterais, do que as pessoas iriam pensar se soubessem, receio de não poder mais fazer algumas cousas, tipo tomar a minha cervejinha de vez em quando, mas chega um momento em que a coisa fica tão critica que você precisa optar. Se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos é que para ter mudanças em sua vida você é obrigado a passar por situações as vezes desagradáveis, as vezes estranhas e acima de tudo, abrir mão de coisas para conseguir outras.
Fico pensando que vivo fazendo coisas pelos outros e não por mim, e agora, fico relutando em fazer algo por mim por causa dos outros. Eu insisto em não aceitar o fato de que as pessoas que conheci não estão mais nem aí pra mim, se estou bem, se estou mal ou se preciso de ajuda, então, pra que continuar relutando? Eu preciso me ajudar e se uma das formas é essa, me medicando, então que seja.
Fui na estréia de Harry Potter e as relíquias da morte - parte 1 na sexta-feira retrasada e cheguei a conclusão de que ir ver um filme famoso em dia de estréia só tomando muito calmante antes. OW INFERNO meu Deus do céu! Além do shopping lotado de gente se esbarrando nos corredores, o número de manos, patricinhas idiotas, fãs do Restart e principalmente casais se agarrando pra todo lado estava astronômico. E como eu estou daquele jeito tipo "odeio a humanidade", eu quase surtei lá dentro. Odeio multidões, aglomeração e barulho, ODEIO! Só o Harry pra me tirar de casa nessas situações mesmo. Um detalhe a mais é que adoro pikó-k de cinema, adoro mesmo.
Definitivamente Harry Potter deixou de ser um livro/filme infanto-juvenil desde o quinto livro. Surpreendi-me com o clima dark e pesado do último longa, cheio de drama, sofrimento e tensão. A morte de um dos personagens mais queridos da série ao final da primeira parte me deixou realmente com lágrimas nos olhos e um nó na garganta.
Pra minha infelicidade temporária, notei logo depois de sair do shopping que havia perdido a minha carteirinha de estudante falsa que falsifiquei com tanto carinho, o que me deixou completamente sem chão, já que ela tem sido a minha companhia pro cinema nos últimos dois anos, me permitindo pagar meia em todas as vezes. Perdê-la foi como perder alguém que eu amava muito. Mas como todo o garande amor que todos os casais apaixonados "acham" que tem, minha perda não foi insubstituível, já que eu tinha na gaveta de casa uma gêmea dela, pronta pra ser plastificada em caso de perda, inclusive com a validade aumentada em mais uns dois anos, se bem que pelo que eu vejo nos cinemas daqui, mesmo que eu colocasse a data de validade da carteirinha lá no período cretácio ninguém iria notar, já que nem o caixa e nem o bilheteiro pedem a carteirinha na hora de entrar, basta você pedir meia entrada e eles te dão. Espero que ninguém que trabalha naquele cinema esteja lendo isso.
Posso estar o quão deprimido for, chateado, nervoso, mas é só colocar uma música da Enya pra tocar por exemplo, que eu viajo pra terras distantes e tudo fica muito mais fácil de lidar. O piano, os violinos, as flautas, adoro esses instrumentos e melodias onde são usados, parece coisa de outro mundo, incrível o poder de um determinado som sobre você.
Outro dia voltando de uma entrevista de emprego lá no cú do Judas, passei caminhando por várias vilas "barra-pesada" aqui da cidade, algumas quase favelas, geralmente tenho medo de fazer isso, mas ultimamente tenho andado tão transtornado com alguns problemas que não tenho ligado muito para o perigo de nada. Muitos barracos, muita pobreza, ruas sem asfalto, mas apesar do receio de ser assaltado ou ter o ânus violado, gostei do passeio, pois gosto de observar os humanos e a sua natureza, já que não me sinto parte disso. Ainda falando em música, o que mais ouvi nas casas e nos carros durante o caminho de volta e enquanto passava pela periferia foi rap, hip-hop e funk, tipo de música que na verdade nem considero música. As classes mais pobres reclamam de discriminação, mas eu realmente não sei o que esperar de uma pessoa que ouve Diário de um detento, dos Racionais MC's e acha que tá ouvindo algo de qualidade.
É só por agora. Bom domingo.
5 Divagações
Caro Edu!
ResponderExcluirEu ando me inspirando muito em vc em relação ao meu blog, vc praticamente é meu professor (estou falando isso sinceramente), acho vc um cara de muito talento, basta um pouquinho de controle emocional, talvez a ajuda profissional que vc mencionou te ajude, vá atrás vc mesmo, pq ninguém vai te ajudar em nada.
Quanto a cinemas lotados, aqui perto de casa tem um shopping enorme e eu só pego sessões depois da meia-noite, pois tenho fobia de aglomerações, apesar que não ando indo ao cinema devido a minha filhinha.
E quanto a música acho tudo que toca em rádio uma bosta, prefiro garimpar coisas na Internet, até esses que vc mencionou tem lá minhas dúvidas, veja não estou querendo desmerecer ninguém, mas Legião Urbana é um cópia escarrada dos Smiths, até o jeito do Renato Russo é igual do Morriset.
Eu poderia ficar aqui escrevendo, escrevendo, mas deixa pro próximo post.
Bom Domingo.
fazia um tempoque nao te visitava mas estava com saudades. concordo com muita coisa do que disse e quanto a bandas e musicas ainda prefiro o Grupo ABBA. sou antiga rs. e romantica.
ResponderExcluirAbraço e otima semanaA
Angel
oi, faz um bom tempo que não venho pra cá.
ResponderExcluirTou com problemas no colégio.
Eu tou indo à psicóloga e ela quis me encaminhar ao psiquiatra e disse que eu precisava tomar remédio. Mas assim, esse fim de ano tá acabando comigo, por isso que vou deixar esse ano passar e ver se melhoro. Vou praticar tai chi chuan, dizem que ajuda. É que eu não quero depender de remédio. Tenho medo.
Ainda não assisti HP7, tou morrendo de curiosidade.
Enya é muito bom, muito bom mesmo! Já escutou The Smiths? essa é minha música favorita: http://www.youtube.com/watch?v=_U5HpeA_WSo
Abraço \o/
Esta semana eu recebi o carinho de uma linda amiga e gostaria de compartilhar contigo também. Tem presente para o seu blog lá no Satélite. Mas antes leia as regras e me fale um pouco mais de você! Irei adorar! Bjooo
ResponderExcluirPoxa Edu estou aqui torcendo por vc cara, vc esta no caminho certo, só em reconhecer que precisa de ajuda, é realmente uma atitude louvavel, diferente de muitos que morrem em seus orgulhos bestas.
ResponderExcluireu ainda não assistir Harry Potter e as relíquias da morte, mais também odeio tumulto, por isso sempre que vou ao cinema, eu uso uma tatica, eu vou cedo por volta de 13hs, compro os ingreços e a noite retorno com minha namorada ja com os ingressos nas mãos assim eu evito me aborrecer nas filas imensas.
cara concordo com vc em relação as musicas, realmente uma boa musica, é uma das melhores terapias que existem, gosto apurado em meu amigo, gostei das bandas que vc citou tambem curto muito principalmente Legião Urbana, Abba, A-ha.
tenho certeza que logo logo vai aparecer um trabalho que tenha a ver com vc, e parabéns pela coragem, vejo muitas pessoas se submentendo a cituações que vão contra a seus gostos e aptidãos por medo de sair e tentar algo que tenha mais aver com elas, te admiro cara.
grande abraço
Muito obrigado por comentar. Sendo contra ou a favor de minhas opiniões, as suas são muito interessantes para mim. Tenha certeza!