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O Convite

segunda-feira, 2 de maio de 2011


“Não me interessa saber como você ganha a vida.
Quero saber o que você mais deseja e se ousa sonhar em satisfazer os anseios do seu coração.

Não me interessa saber a sua idade.
Quero saber se você correria o risco de parecer tolo por amor, pelo seu sonho, pela aventura de estar vivo.

Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com a sua lua.
O que eu quero saber é se você já foi até o fundo de sua própria tristeza, se as traições da vida o enriqueceram ou se você se retraiu e se fechou, com medo de mais dor.
Quero saber se você consegue conviver com a dor, a minha ou a sua, sem tentar escondê-la, disfarçá-la ou remediá-la.

Quero saber se é capaz de conviver com a alegria, a minha ou a sua, de dançar com total abandono e deixar o êxtase penetrar até a ponta de seus dedos, sem nos advertir que sejamos cuidadosos, que sejamos realistas, que nos lembremos das limitações da condição humana.

Não me interessa se a história que você me conta é verdadeira.
Quero saber se é capaz de desapontar o outro para se manter fiel a si mesmo.
Se é capaz de suportar uma acusação de traição e não trair sua própria alma, ou ser fiel, e mesmo assim, ser digno de confiança.

Quero saber se você é capaz de enxergar a beleza no dia-a-dia, ainda que ela não seja bonita, e fazer dela a fonte da sua vida.
Quero saber se você consegue viver o fracasso, o seu e o meu, e ainda assim pôr-se de pé na beira do lago e gritar para o reflexo prateado da lua cheia: “SIM!”

Não me interessa saber onde você mora ou quanto dinheiro tem.
Quero saber se, após uma noite de tristeza e desespero, exausto e ferido até os ossos, é capaz de fazer o que precisa ser feito para alimentar seus filhos.

Não me interessa quem você conhece ou como chegou até aqui.
Quero saber se vai permanecer no centro do fogo comigo sem recuar.

Não me interessa onde, o que ou com quem estudou.
Quero saber o que o sustenta, no seu íntimo, quando tudo mais desmorona.
Quero saber se é capaz de ficar só consigo mesmo, e se nos momentos vazios realmente gosta da sua companhia.”


Oriah Montain Dreamer

Postagem dedicada aos meus amigos e irmãos Raphael e Levi.

Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design, além de pseudo-web-designer. É formado técnico em informática e sabe estourar pipoca sem deixar muitos piruás sobrando. Semi-nerd assumido (se é que isso existe), gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


2 Divagações

  1. Já tá virando costume esse negócio viu Edu, de eu sempre estar te agradecendo. Obrigado pelo texto, parte dele eu vi logo de cara quando não estava no meu melhor momento e já ficou marcado.
    Permanecerei com vocês 'juntos no meio do fogo sem recuar'.

    Seu amigo
    Levi Ventura

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  2. Vixiiiiiiiii, e agora meu amigo?
    Você me pegou de jeito!
    Vou te confessar um negócio, qdo vou falar com os meus amigos,sejam eles reais ou virtuais.
    Deixo que o meu coração fale por mim,com os sentimentos voltados para voces.
    Mas quando um texto, uma idéia, ou um pensamento são de uma pessoa que desconheço.
    Não consigo falar absolutamente nada, mesmo
    que este belo texto, reflita os teus sentimentos,
    no momento.
    Meu coração não consegue conectar, a sua
    essência e deslanchar em palavras.
    Como costumo fazer em meus comentários.
    Edu, peço que me perdoe, pois o nome no
    roda pé deste texto, me inibiu completamente.
    Afinal de contas, eu nem sei se este tal de
    Oriah Montain Dreamer, é gente, vai que é nome de um alienigena!
    Mas para todos os efeitos eu li e reli varias
    vezes, para ver se o meu coração, dava algum
    sinal , mas não obtive exito.
    Abraços meu querido amigo, ficarei te devendo
    um comentário digno de seus próprios
    pensamentos e sentimentos mais profanos!
    rsrsrsrsrs brincadeirinha!!!
    NAMASTÊTA digo NAMASTÊ!!!!!!!!!!!

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