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Sobre missões lunares secretas, macacos revoltosos e uma semana realmente proveitosa.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sei que vai parecer estranho começar a postagem assim mas pasmem, fechei essa semana com chave de ouro. Como já é de meu costume, não ouso dizer que "estou feliz", mas sim que estou passando por um período muito feliz de minha vida onde aparentemente as coisas estão andando como
precisam andar. Na semana retrasada eu estava péssimo, deprimido, sete dias se arrastaram parecendo mais sete anos e eu estava louco pra que chegasse logo o final de semana e eu pudesse deitar no meu sofá e chorar, apesar de não conseguir mais derramar lágrimas faz um tempo. 
Entretando depois de um final de semana de descanso, cabeça mais no lugar, baterias recarregadas eu comecei a segunda feira com uma postura melhor. Voltei a mexer no site da empresa, o qual havia deixado de lado por um tempo até começar meu curso de web designer. Nesse meio tempo em que fiquei sem trabalhar no site o meu chefe me permitiu, como já citei aqui, baixar e fuçar em um programa de modelagem em 3D, o qual já estou conseguindo domindar razoavelmente. É lógico que ainda falta muito para que eu o domine como domino o Photoshop por exemplo, mas descobri que um de meus muitos poderes mutantes é o de ser auto-didata em muitas coisas e isso tem me ajudado muito. Pra quem jamais tinha chegado perto de um programa como esse, conseguir modelar um robozinho, colocar nele texturas e tudo o mais é uma vitória bacana. 
Decidi voltar a trabalhar no site também para testar se o curso já está surtindo algum efeito sobre mim e fico feliz em dizer que sim, surpreendi-me ao perceber que já consigo avançar bastante sozinho na construção dos códigos do site, sem precisar pedir ajuda a meu chefe ou recorrer tanto ao tio Google como fazia meses atrás. É o tipo de coisa que te deixa feliz, te faz sentir muito bem consigo mesmo, te faz sentir capaz e motivado a ir mais além, a aprender cada dia mais e se desenvolver cada dia mais. Meu chefe está bem satisfeito com meu trabalho, tanto na parte de modelagem 3D pois ele até mesmo planeja fazer um game futuramente quanto na parte do site. Ele até deu um tapinha no meu ombro passando pela minha mesa e disse: "Esse curso está começando a valer mesmo a pena. Criar um nerd é fácil e pouco custoso. Só água, alguns pacotes de biscoito de polvilho, uma xícara de café por dia e eu tenho o que preciso". Eu ri, obviamente. Apesar dos seus defeitos que já citei aqui, ele é um crianção. Defeitos todos temos afinal. 
Também estou muito feliz por meu amorzinho distante. Muito, muito feliz mesmo como raramente fico com alguém. Aliás, estou surpreso comigo mesmo, já que eu costumo dizer que 50% da minha felicidade é a infelicidade dos meus desafetos, mas eu nunca experimentei algo assim antes, nunca pensei que ver a pessoa que você ama feliz, satisfeita, realizada fizesse tão bem. Emprego está tão difícil hoje em dia e ver o meu amor trabalhando, podendo comprar o que quer, se sentindo responsável, motivado, isso é demais. Eu digo agora que 50% da minha felicdade passou a ser a felicidade da minha pessoa amada. Pra completar isso agora, só falta a gente um dia poder ficar juntinho. Pode demorar, pode não demorar, mas rogo para que isso um dia aconteça. 


Já há um tempinho aqui não falo de minhas idas ao cinema ou de filmes legais que tenho assistido. Andei alugando alguns, mas todos de roteiro simples, só pra passar o tempo mesmo. Andei bem abstêmio do cinema, abstinência essa não de minha parte, mas sim de filmes em cartaz que não estavam me interessando. 
Todavia nos últimos dois sábados matei a saudade do meu passatempo preferido e lá fui eu ao shopping assistir dois filmes que há tempos queria muito ver, os quais me chamaram a atenção tanto pelos trailers cativantes quanto pela trama. O primeiro deles foi Planeta dos Macacos - a Origem (The rise of the planet of the apes) e o segundo foi o suspense Apollo 18
Planeta dos macacos marcou profundamente a minha infância primeiro porque modéstia à parte eu sempre tive ótimo gosto pra música, cinema, literatura e arte de qualidade, diferente da geração Crepúsculo e Restart de hoje eu já sabia reconhecer arte de qualidade no momento em que batia os olhinhos e planeta dos macacos é uma dessas peças raras de arte que não devem ser esquecidas. Como eu disse, ela me marcou muito porque há mais ou menos 25 anos, quando mudei para essa minha vila, me lembro de ficar deitado no sofá da sala assistindo ao filme enquanto minha mãe e minha tia arrumavam a mudança. Se me esforçar mais eu ainda posso sentir o gosto do danoninho que estava deglutindo no momento. 
Em termos de efeitos especiais os filmes originais logicamente deixam quilômetros a desejar em comparação aos filmes de hoje, mas me lembro que a história me cativou muito, mesmo com minha pouca idade eu achava muito original uma trama onde em um futuro distante e pós-apocaliptico o planeta Terra seria dominado por macacos inteligentes e a humanidade animalizada seria reduzida a meros escravos. A cena mais marcante pra mim é o final do longa, quando o astronauta chega na praia e atônito encontra os escombros do que outrora foi a estátua da liberdade. Junto com o personagem o público também se pergunta: "Meu Deus, como isso foi acontecer? A que ponto chegamos?". 
É exatamente por ficar anos com essa pergunta na cabeça que eu e muitos outros fãs do filme aguardávamos ansiosos por um roteiro como o de Planeta dos Macacos - A origem, na esperança de que pelo menos parte desse mistério todo fosse explicado e foi isso o que aconteceu. 
Como a própria versão brasileira do nome diz, Planeta dos Macacos - A Origem se passa centenas e centenas de anos antes dos filmes originais, mostrando ainda nossa humanidade dominando o globo e os macacos, simples chimpanzés sendo usados como cobaias para testar um promissor medicamento desenvolvido para a cura do mal de Alzheimer. É justamente esse medicamento, usado para recompor as células cerebrais e neurônios que acaba dando uma inteligência sobre humana ao chimpanzé César, que mesmo ainda sendo tratado apenas como um animal doméstico demonstra uma inteligência fora de série e sentimentos humanos. Apesar de mostrar o início da "sociedade macaca" e também como foi que os símios desenvolveram inteligência humana, propositalmente o filme não vai muito além, os animais não vestem roupas ou falam, mas já são capazes se comunicar entre si através da linguagem dos sinais e se organizarem para uma revolta contra a humanidade. Como eu disse, muita coisa ainda ficou sem explicação, como o fato da humanidade ter iniciado até mesmo uma guerra nuclear, mas ao que parece, Planeta dos macacos - A Origem está programado para ser uma trilogia. Caso hajam realmente mais dois filmes eu espero que consigam manter a qualidade do primeiro e continuem honrando a história original. 






Outro filme que me empolgou bastante apesar de não corresponder a todas as minhas expectativas foi Apollo 18 - Missão Proibida. O filme segue a linha de filmes já bem conhecidos do público, como a Bruxa de Blair, REC e Atividade paranormal, típicos filmes "criados a partir de material real encontrado". O filme explora a teoria de conspiração sobre a missão espacial Apollo 18, cancelada em 1970 pela NASA. A trama insinua que essa missão realmente aconteceu e que depois dela nem os EUA e nem a União Soviética quiseram pousar na lua novamente. O filme se passa durante a Guerra Fria e a missão que é dada aos astronautas americanos e instalar um sistema de espionagem na superficíe da Lua contra os russos, mas ao chegarem ao destino, os dois ocupantes do módulo lunar e o piloto em órbita começam a experimentar estranhos eventos, que não tardam a passar de estática nos canais de comunicação a ocorrências cada vez mais sinistras. Eu confesso que apesar de achar esse tipo de filme bastante óbvio, batido e clichê, consegui dar dois pulos grandes na poltrona do cinema e no segundo deles, rir alto de eu mesmo, pois derrubei metade da minha pipoca no chão. 
Como eu disse, o filme apesar de bacana não correspondeu minhas expectativas, foi curto demais, o que é típico nesse tipo de produção, apresentou os personagens de maneira ruim, teve alguns momentos bastante repetitivos e aquela velha história de sempre de "Temos que documentar tudo! Continue filmando". Mas por outro lado, o clima sombrio, silencioso e as crateras escuras da Lua dão um clima de tensão constante e a curiosidade em saber o que é que está andando na superfície do satélite fazem o ingresso do filme valer a pena. Recomendo como um bom passatempo de final de semana. Sustos garantidos.




Eduardo Montanari Sobre o Autor:
Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática e trabalha como designer e web designer. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.


1 Divagações

  1. Cara, confesso que realmente me surpreendeu a forma com que começou essa postagem, fiquei super feliz por vc, posso ver nessas linhas o milagre da perseverança e dedicação, com certeza o resultado não poderia ser outro, parabéns cara vc merece.

    Cara, assim como vc também sempre fui fã de Planetas dos Macacos, e também de uma série muito boa chamada perdidos no espaço, lembro me como se fosse hoje, pois assisti a ambos numa tevezinha velha e em preto e branco, ver essas relíquias serem reproduzidas com a tecnologia dos dias de hoje é realmente um deleite a parte, ainda não assisti o Filme planeta dos macacos por falta de tempo, mas com certeza essa semana ainda irei assisti.

    Cara suas resenhas são muito boas, vc podia abrir um espaço pra falar só de cinema.

    grande abraço

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