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Sobre trabalhos bem aproveitados, respostas não satisfatórias e péssimos filmes de zumbi.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Embora eu continue muito deprimido e melancólico pelo término do meu relacionamento virtual (tá, eu já sei que estou fazendo disso uma novela interminável), não posso negar que esses últimos dias tem sido bastante promissores para mim, corridos também, isso faz parte, mas muito proveitosos em termos de trabalho.
Consegui resolver alguns dos pequenos problemas os quais listei aqui nas ultimas postagens, não que
eu tenha tido tempo pra isso, mas dei meus pulinhos. Consegui renovar por mais um ano o desconto do meu Vivo Speedy, continuarei pagando apenas 32 reais por uma banda larga de 2 megas. Seria bem melhor, lógico, se fosse de graça, mas enquanto a empresa mantiver esse preço, pra mim está de bom tamanho. Localizei também aqui na cidade a uma assistência técnica autorizada da Apple, para assim que possível levar meus fones mortos nela e verificar a possibilidade de troca, não que eu saiba quando vou fazer isso, mas pelo menos já descobri onde fica e isso já é um começo. Consegui comprar uma mídia boa para gravar Os Vingadores também, agora é esperar o lançamento de Prometheus.
No meu trabalho as coisas não poderiam estar melhores. No mês passado fiz duas ilustrações para o curso de Recursos Humanos da faculdade e nessa semana essas artes foram usadas na famosíssima Feira das Profissões, são dois Totens para que os visitantes posem para fotos. Até onde eu sei eles estão fazendo muito sucesso e isso é uma coisa que me deixa feliz demais, pois é muito bom você ver o seu trabalho, o seu esforço sendo realmente aproveitados e elogiados. Eu sempre fiz trabalhos pequenos e anônimos, mas agora, trabalhando na universidade, minhas artes podem ser vistas por centenas de pessoas e isso aumenta bastante minha autoestima, não só isso, me motiva muito também a cada vez mais melhorar meu desempenho. Tive também uma de minhas artes publicadas em uma revista aqui da cidade, feita em homenagem aos 102 anos do time de futebol daqui, o Esporte Clube Noroeste. Nada amplamente divulgado, mas para mim está sendo tudo muito mágico, eu, que nunca fui grandes coisas, agora com meus trabalhos aparecendo em vários lugares. 


Como disse, estou melhorando aos poucos do pé na bunda que levei. Mesmo tentando compreender o lado da outra pessoa e sabendo que durante nossa vida, rompimentos são coisas que acontecem, continuo bastante magoado e com os meus sentimentos em conflito. Têm dias nos quais acordo calmo, tranquilo, disposto a seguir em frente e aceitar que agora as coisas são como são, mas em outros, acordo furioso, revoltado, com vontade de chutar o balde, gritar, chingar, dizer o quanto me sinto péssimo e o quanto tudo foi injusto com meus sentimentos. Mas aí eu paro e penso: Adianta fazer isso?
Muitas pessoas quando estão tristes, depressivas, principalmente em se tratando de términos de relacionamento, pegam um potão de sorvete ou uma comida dessas bem engordativas e enchem o bucho, mas eu não, ao invés disso eu vou até o centro e compro um monte de produtos de higiene e beleza: xampus dos melhores, cremes hidratantes, perfumes, sabonetes. Sou do tipo que, quando começo a sofrer demais, me afundar demais em melancolia, acabo depois querendo dar um "up" na minha autoestima, procurando me manter sempre arrumado, perfumado, com a pele bem cuidada. Chega um momento, depois de você ficar sofrendo e se lamentando por dias, no qual você se cansa de si mesmo, de ficar se entregando a tristeza e resolve tomar alguma atitude, não que comprar um monte de produtos de higiene e beleza ajude muito, mas já é um começo, melhor do que ficar chorando o tempo todo e repetindo aquela ladainha de "ninguém me ama, ninguém me quer". Em verdade, o motivo de eu pintar meus cabelos e mandar fazer óculos novos foi esse, para me renovar um pouco, acho que é uma necessidade instintiva de todo mundo.
Tenho sentido a necessidade de ficar um pouco mais em silêncio. Discuti demais, debati demais, cobrei e perguntei demais e sinceramente nenhumas das respostas que obtive da outra parte me satisfizeram. Na verdade não satisfizeram porque o fato é que eu não queria explicações, só queria a outra pessoa de volta, mas isso nunca mais vai acontecer, ela mesma me disse. Então o que fazer? Ficar o tempo todo chorando, se lamentando, perguntando "onde foi que eu errei?" (sendo que num relacionamento, sou da opinião de que sempre ambas as partes tem culpa)? O negócio é parar de chorar se seguir em frente. Tenho coisas a fazer, a conquistar, não tenho em verdade objetivos futuros, mas preciso cuidar do meu hoje para garantir meu amanhã. Então que seja, estou sangrando ainda, mas nessa altura de minha vida não posso mais me dar ao luxo de parar de caminhar cada vez que eu cair.


Não sei se é por que eu estou de muito mau humor, solitário, vazio, deprimido por conta da minha novela mexicana, mas na sexta-feira passada fui assistir ao, em minha opinião, péssimo filme Resident Evil: Retribuição, quinto filme da franquia e o qual eu sinceramente esperava que fosse o último, mas já vi que algumas coisas, desde que deem dinheiro, continuam e continuam até a exaustão. Talvez fosse o sono e o cansaço extremo que eu senti durante a projeção, já que fui com um amigo na última sessão, a das 23h30min, mas eu realmente achei o filme o pior de todos os cinco, uma salada de personagens sem propósito algum, colocados lá apenas para agradar visualmente os fãs do game, mas que não se encaixaram ao filme de maneira nenhuma. 
Logo no início do filme, para os mais perdidos é feito um resumo dos quatro primeiros longas, narrados pela personagem principal, Alice, explicando como tudo chegou aonde chegou e culminando com o ataque e destruição do navio Arcádia, exatamente onde termina o filme anterior, Resident Evil: Recomeço, mas nem isso ajudou a tornar a trama menos vazia. Sou fã da série de jogos Resident Evil desde que eu era um adolescente com poucos pelos púbicos, jogo de terror cheio de escuridão, zumbis e tudo o mais. Os últimos jogos estão mais para ação do que para terror, mas ainda assim sou fã e os personagens me cativam, como por exemplo o agente Chris Redfield, que depois de parecer ter tomado esteroides para estrelar o quinto jogo da série, virou um bad ass mother fucker, mas o que o diretor Paul W.S. Anderson, marido da atriz Milla Jovovich fez com os personagens ao longo dos anos nos filmes, foi corrompê-los. Nada contra a personagem principal, Alice, interpretada por MIla Jovovich não pertencer a nenhum dos jogos, assim como Rain Ocampo, interpretada por Michelle Rodriguez, uma das heroínas no primeiro filme e agora nesse último, um clone maligno, até aí tudo bem, não sou um desses fãs com falta de coisa melhor o que fazer, que exigem que um filme seja 100% fiel ao jogo do qual foi adaptado, algumas mudanças caem até bem, já que são duas mídias diferentes, mas a impressão que eu sempre tive desde o segundo filme, Resident Evil: Apocalipse, foi que o diretor simplesmente caracterizou um ator como um dos personagens famosos do game, deu o mesmo nome e jogou na trama para ser o que Deus quiser. Nêmesis que fica bonzinho no final? Zumbis sendo “domesticados” e uniformizados, brincando com blocos de montar? Fora o fato de ser colocados um monte de personagens dos jogos, fora do seu ambiente natural, como foi o caso do assustador monstro mutante Executioner, criatura enorme, carregando um machado, que no game, apavora um vilarejo africano, uma criatura cheia de pregos, ganchos e farrapos. No filme ele aparece no meio da cidade de Los Angeles para atormentar a vida dos heróis, pior, aparece nesse último filme também, na verdade aparecem, já que chegam em dupla. Muito ruim. Leon S. Kennedy, tão sério e virtuoso nos games se tornou uma caricatura ridícula do personagem, assim como a sensual Ada Wong, assassina profissional e espiã nos jogos, que no filme virou uma chinesinha boboca, que passa boa parte da luta final no filme, desmaiada. Pior é a piranha de vestido e salto alto no meio da neve. Asqueroso.
Como disse posso estar sendo injusto com o filme, talvez se eu assistir de novo com menos sono e um humor melhor eu tenha outra opinião, mas se tem uma coisa que não faço é pagar duas vezes para ver o mesmo filme. Agora, só quando lançarem o DVD.

Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Eduardo Montanari é dono dos blogs Divagações Solitárias e Du-Montanari Design. É formado técnico em informática, trabalha como designer e diagramador. Nerd assumido, gosta de quadrinhos, anime, mangá, entre outras nerdices e esquisitices.



2 Divagações

  1. Que bacana que seu trabalho está sendo reconhecido e apreciado. Parabéns!

    Abçs.

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  2. Olá Edu. Cara lendo as primeiras linhas do seu post, me veio na cabeça aquela velha frase, SORTE NO AMOR, AZAR NO JOGO, OU SORTE NO JOGO, AZAR NO AMOR(mas isso é besteira). Se por um lado seu relacionamento não foi pra frente pelo menos no trabalho parece que as coisas estão caminhando né.
    Acredito que é uma questão de tempo para que tudo se encaixe, acho que o mais importante de tudo, é que, vc esta bem com sigo mesmo, e conseguindo organizar sua vida, auto-estima, motivação, felicidade, são palavras que não via por aqui. Apesar da sua situação sentimental não ser das melhores, a julgar por tudo que vc escreveu aqui o balanço é positivo.
    Cara de uma coisa vc pode estar certo, se vc se resolver com sigo mesmo, as demais coisas se resolverão por si próprias, pois acredito que tudo começa com agente, trabalho e psicológico se estiverem bem e alinhados atraem as demais coisas, ou seja, mulher e dinheiro (acho que amor e felicidade fica mais romântico rs).

    Cara, eu já andei lendo algumas resenhas de Resident Evil: Retribuição por ai e também não foram nada positivas, sinceramente já desistir de ir ver, vou esperar o DVD mesmo.

    Eu tenho ouvido falarem muito bem de Dreed, (que é uma daptação do personagem criado para os quadrinhos em 1977 por John Wagner e Carlos Ezquerra na revista 2000 AD) com certeza vc deve saber disso, mas em fim, acho que de tudo que foi lançado esse mês, Dreed me parece ser o mais interessante.

    Abraços Edu

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