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Leitura em andamento, algumas boas novas dentais e um delicado processo de desintoxicação.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Estou feliz em poder dizer que já cheguei na metade do segundo livro que me propus a ler, com trezentas e vai lá cacetada de páginas. Apesar de estar lendo uns dois capítulos por dia apenas, pois quando chego do trabalho não demora muito a escurecer, estou gostando muito. Não é nenhum best-seller, uma trama policial bacana, mas tem me prendido a atenção e eu estou realmente interessado em chegar ao final e descobrir a verdade sobre os mistérios apresentados na estória. Não vou comentar nada sobre o livro agora, pois quero primeiro terminar de ler, digerir a trama para depois fazer uma das minhas criticas amadoras. Acabei descobrindo que esse livro que estou lendo é apenas um de uma serie, e se eu gostar mesmo, pretendo comprar as outras publicações. Terminando esse, já tenho planos para o próximo livro, já até o escolhi, e embora o preço seja um pouco salgado, o autor é ótimo e o material parece bom, então acredito que vá valer o investimento.


Falando em investimento, depois de mais de cinqüenta meses usando um aparelho ortodôntico para alinhar minha dentição que era totalmente irregular, comecei o processo de retirada, que se dará de forma gradativa. No dia 15 de janeiro removi o aparelho da parte inferior, e apesar de já estar completamente acostumado com ele, sempre foi um incomodo e confesso que quando finalmente passei a língua nos dentes e não senti nada, foi um alivio, mais que isso, uma emoção.
Todavia nem tudo acaba 100%, pois apesar de remover o aparelho da parte inferior, terei que usar por um período de tempo indefinido, talvez ainda por muitos anos, um contensor, que é um pequeno fio de arame fino, colado na parte de trás dos dentes da frente. De acordo com a doutora, isso serve para impedir que, com o passar do tempo os dentes voltem a entortar, o que seria bem desagradável, já que pelas minhas contas, já gastei pra lá de 3000 reais com esse tratamento ao longo dos últimos anos. Quanto à parte de cima do aparelho, também vou removê-la breve, contudo esse é mais complicado, já que depois da remoção, ainda terei que usar um aparelho móvel, daqueles que você pode tirar pra lavar, ainda por uns dois ou três anos. Mas lógico que não estou triste e nem vou fazer disso um problema, pelo contrario, estou feliz por essa nova fase… dentística.



Pela primeira vez, talvez em minha vida, decidi traçar algumas pequenas metas para o ano de 2014. Eu nunca liguei muito pra esse negocio de “ano novo, vida nova”, sempre achei um conceito babaca, afinal, não creio haver um “momento mágico e místico” na virada do ano, no qual todos seus sonhos se tornam mais fáceis de serem realizados e energias misteriosas conspiram a seu favor, em minha opinião, o que acontece é nada mais, nada menos, do que a passagem do dia 31 de dezembro para o dia 1º de janeiro, que alias é um dos feriados mais chatos do mundo.
 Mesmo assim, movido mais por um sentimento de esgotamento extremo do que por motivação positiva, decidi de uma vez por todas traçar algumas metas as quais pretendo cumprir, pequenas, como já disse, mas parafraseando o personagem David, do filme Prometheus: “Grandes coisas tem pequenos começos”. Estou tentando deixar algumas coisas que me aconteceram, definitivamente no passado, mas o problema é que, tenho feito tanta força para esquecer, me focado tanto em “preciso deixar passar”, que justamente o que vem acontecendo é que eu acabo mantendo o pensamento na minha cabeça, não sei se ficou claro. De tanto ficar repetindo pra mim mesmo, tentando me convencer de que preciso esquecer, acabo mantendo isso na cabeça, o que me causa um desgaste mental bem grande, portanto, uma das minhas metas (a primeira que me propus foi ler mais livros) é esvaziar a minha cabeça, seguir o conselho do meu melhor amigo Raphael e ir vivendo meus dias, fazendo minhas coisas rotineiras, me entregando à outras, e quando eu perceber, meu cérebro já estará acostumado com a ausência de certas coisas. É bem parecido com um trabalho de desintoxicação, no começo é complicado, você tem suas crises de abstinência, recaídas, mas se conseguir se manter perseverante, logo o seu organismo se acostuma com a ausência da droga e se normaliza, e é isso que eu estou buscando.

Já há algum tempo tenho me sentido estranho, uma mistura de apatia com conformismo, como se eu viesse lutando contra uma coisa, apressando algo que eu devo deixar fluir naturalmente. Na semana que passou, conversei com duas pessoas distintas e ambas me disseram que se sentem da mesma forma sobre o amor e romance. O meu melhor amigo me disse que sempre almejou o amor, o romance, uma vida a dois bacana, com um companheiro confidente, amigo. Hoje, depois de passar por algumas experiências recentes ele me disse que de repente perdeu essa ilusão, que chegou a conclusão de que talvez algumas pessoas não saibam lidar com o amor, não estão prontas e que talvez se dêem melhor, usando suas energias em prol de outras coisas positivas, outras pessoas. Que o amor existe sim, mas que pode não ser pra todo mundo como dizem nos livros e filmes. Coincidentemente, horas depois dessa conversa, eu estava em um chat de relacionamentos quando um rapaz desconhecido me procurou pra dizer que tinha gostado muito do meu perfil. Começamos a conversar (eu odeio digitar no teclado do celular, mas enfim…) e ele me disse que é também muito tímido e que teve uma desilusão amorosa muito grande, amou demais, se decepcionou, como sempre acontece, eu faço parte dessa lista agora, normal, e que hoje, depois disso, prefere se manter mais fechado para o amor, disse que passou muito tempo procurando e que hoje se cansou, simplesmente desistiu de buscar e está deixando as coisas fluírem naturalmente. De repente, depois refletir sobre essas duas conversas, não, minto, durante essas duas conversas me senti muito assim, como eles descreveram, de repente senti como se o que estivesse me desgastando tanto fosse essa busca, essa espera, a expectativa de desejar que um dia apareça para mim um príncipe ou uma princesa encantada (sim, por que não?). De repente senti que o tempo que estou perdendo com isso eu poderia me focar mais em mim, sei lá. Sempre fui muito introspectivo, confesso que sofria menos quando egoisticamente pensava mais em mim do que nas pessoas. Talvez deva voltar a fazer isso e deixar a vida se encarregar do resto.



Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Nascido e ainda morando na cidade de Bauru, interior do Estado de São Paulo, sou estudante de Design e trabalho como designer e web designer, áreas pelas quais tenho muito interesse. Amo cinema, quadrinhos e boa música.



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