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Talvez projetos pessoais, um importante concurso de design e a incerteza de um show em dia de aula.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Há quem diga que o tempo cura tudo, todas as feridas. Eu, particularmente, nunca cri muito nessa afirmação, uma vez que sempre fui uma grande mala sem alça, abarrotada de magoas, rancores e arrependimentos. Eu já acho que a gente não aceita nada verdadeiramente, apenas nos conformamos com esse ou aquele acontecimento sem solução e seguimos em frente, já que ficar estagnado não é uma opção, pelo menos não para mim, não hoje. Podemos não pensar mais no assunto, não chorar mais ou sentir aquela coisa ruim com a mesma intensidade de quando o fato aconteceu, mas a coisa fica lá, não aceita, mas posta de lado, num canto escuro do seu coração, esperando sabe-se lá o que. Até que tenho conseguido lidar bem com alguns demônios internos, desde o inicio de janeiro, tenho minhas recaídas dia ou outro (e eu já esperava normalmente por isso), programei meu Twitter para publicar xingamentos automáticos durante todo o mês de fevereiro para meu ex e o novo namorado dele (confesso que foi uma das coisas mais idiotas que já fiz), mas tirando isso, tenho vivido minha rotina normal, tentando terminar de ler um livro de duas toneladas, me focando nos trabalhos de faculdade e até pensando em alguns projetos pessoais voltados ao design, talvez um fanzine ou algo do tipo.


Voltando a falar do livro que estou lendo atualmente, depois do reinicio das aulas eu tenho tempo somente nos finais de semana para lê-lo, mesmo assim vem sendo uma tarefa cansativa, não que a obra seja ruim, mas como eu previa, as demandas pesadas do curso já estão começando e isso vem tirando a minha concentração. Um monte de textos pra ler, seminários pra preparar em Power Point, e mais as provas que não vão demorar muito a chegar. A soma de todos esses elementos já começou a me dar novos fios de cabelos brancos, um dos motivos pelos quais, decidi clarear tudo logo de uma vez, tornando-me assim, um louro.
O professor de Projeto e Prototipagem quer que participemos do Prêmio Toks&Tok, um concurso para designers, famoso em todo o Brasil, e quando eu digo “quer que participemos”, entendam que é de livre e espontânea pressão, mas talvez seja bom, diz ele que, mesmo apenas participando do concurso o seu currículo já fica muito valorizado. O problema é ter cabeça, com tantas outras coisas pra pensar ao mesmo tempo, para conseguir desenvolver um projeto que valha a pena ser enviado para concorrer, mas de repente, quem sabe?



Ainda pensando se vou ou não (sozinho, como sempre) ao show da Zélia Duncan, aqui em Bauru mesmo, no SESC, no próximo dia 20 de fevereiro. Quando fiquei sabendo, meses atrás, sem pensar duas vezes resolvi que quero ir, mesmo que ninguém queira me fazer companhia, mas recentemente fiquei sabendo que ela não vai cantar musicas próprias, mas de um desses compositores da velha guarda, do qual nunca ouvi falar e ela é muito fã. Agora não sei ao certo se compro ou não o ingresso antes que se esgote, pois alem de ser numa quinta-feira, ou seja, dia de aula, ninguém vai comigo e acho que, das musicas que ela vai cantar, não vou conhecer nenhuma, devem ser, em sua grande maioria, samba de raiz ou algo do gênero. Tudo bem que, quem não gosta de samba, bom sujeito não é, mas eu estou longe de ser bom, sou até mal demais as vezes, diga-se de passagem. Estou em verdade pensando ainda se compareço ou não ao show, pois muitas pessoas me dizem que não devo esperar pela companhia de ninguém, já que a humanidade não presta, que devo ir sozinho mesmo e tentar me divertir da melhor forma possível, mas eu sou como sou, no final das contas, sempre me sinto profundamente deprimido quando saio sozinho, seja para onde for.


Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Nascido e ainda morando na cidade de Bauru, interior do Estado de São Paulo, sou estudante de Design e trabalho como designer e web designer, áreas pelas quais tenho muito interesse. Amo cinema, quadrinhos e boa música.



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