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"Não me roube a solidão, sem antes me oferecer verdadeira companhia". - Nietzsche

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Não sei se acontece apenas comigo, mas, estou percebendo que sou o tipo de pessoa que, apesar de querer ter um relacionamento amoroso com alguém, não se sente motivada interagir muito com outros seres humanos. Na verdade, conforme os anos vão passando, isso tem se tornado um esforço cada vez maior pra mim. O ser humano, de um modo quase geral, me cansa muito, ser obrigado a ficar o tempo todo tentando se adaptar ao outro, pra mim é uma tarefa estafante. Não que eu tenha desistido de um dia, quem sabe, ter alguém com quem possa compartilhar parte da minha vida, mas sinceramente é algo que, no momento, não me sinto motivado a fazer. As pessoas parecem não compreender seus sentimentos, por mais que você os exponha e isso me deixa, além de muito irritado, cansado demais, me sinto gastando energias, tentando fazer com que as pessoas vejam em mim o que eu realmente gostaria que vissem.

Tenho me sentido muito, muito sozinho, sem ninguém com quem sair ou conversar, alguém que não me julgue, não me critique, que apenas esteja lá para me ouvir e que, se for dizer algo, que diga algo realmente útil, que formule respostas melhores do que "entendo", "entendi" ou "sei como é isso". O problema, no final das contas, como sempre sou eu e a forma como espero que as coisas aconteçam, a forma como gostaria de ser tratado pelas pessoas. Sou aquele tipo de ser humano que, acredito, vai morrer se frustrando com os outros, sempre esperando algo a mais do que o próximo quer me oferecer. De minha parte eu sempre acho que não peço muito, nada difícil, gostaria apenas que as pessoas participassem um pouco mais de minha vida, tivessem um interesse bem maior por mim do que o que dizem ter. Meu conceito de amizade vai além de ver as pessoas uma, duas vezes ao mês ou ter conversas superficiais na internet. Amizade é querer fazer parte da vida do outro, e mesmo que me desmintam, não, as pessoas que conheço não tem esse interesse em relação a mim. Desculpem se ofendo alguém com essa informação, mas é assim que sinto.

Considero ter, atualmente, um único amigo com o qual posso realmente contar, e como a vida adora nos desafiar, pregar peças e nos impor todo o tipo de dificuldade para nos testar, ele está bem longe daqui e não podemos nos ver pessoalmente, Juiz de Fora e Bauru são duas cidades bem distantes e, pelo menos no momento, fica inviável para ambos uma visita, mas ainda tenho esperanças de, quando possível ir visitá-lo e poder agradecer olhando nos olhos dele e segurando suas mãos, por todo o apoio que ele tem me dado nos últimos anos, em vários sentidos, principalmente neste ano de 2014, que é quando mais estou precisando, pois nem todas as surpresas que temos em nossa vida são bem vindas e, nesses momentos, ter alguém que possa realmente te dar o apoio, o carinho e o afeto que promete dar, mesmo de uma distância tão grande, acalenta seu coração de uma forma muito maravilhosa. Talvez eu não teria conseguido superar muitas das coisas que superei nos últimos três anos, se não fosse pelo apoio dele. Sou adepto daquele ditado que diz que, não existe falta de tempo, mas sim falta de interesse. Quem de fato quer estar com você, consegue tempo.

Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Nascido e ainda morando na cidade de Bauru, interior do Estado de São Paulo, sou estudante de Design e trabalho como designer e web designer, áreas pelas quais tenho muito interesse.
Amo cinema, quadrinhos e boa música.



3 Divagações

  1. Tudo vai melhorar. não fica assim não! reconheça os melhores amigos e se valorize. o amor com o tempo vem. ;)

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    1. Agradeço pelo comentário, publiquei porque é muito simpático, mas não sou muito fá de comentários anônimos. Não tenha medo de se identificar. :)

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  2. Lí esse texto maravilhoso e me ví nele. Quase uma catarse.

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