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Crítica pessoal: X-MEN - Dias de um futuro esquecido.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

ATENÇÃO, ESSE TEXTO CONTÉM SPOILERS!

“Mutação: é a chave para a nossa evolução. Ela nos permitiu evoluir de um organismo unicelular à espécie dominante do planeta. O processo é lento, leva naturalmente milhares e milhares de anos. Mas em algumas centenas de milênios, a evolução dá um salto.”



Sou suspeito para falar sobre filmes de super heróis dos quais sou fã desde a adolescência, como é o caso dos X-MEN. Comecei a colecionar os quadrinhos dos mutantes desde quando ainda eram publicados em formatinho, comprava os encadernados, almanaques, edições especiais e mini-séries. Hoje não mais, pois apesar de ainda gostar muito de quadrinhos e continuar comprando alguns, abandonei as publicações mensais depois que percebi que gosto de histórias que tenham começo, meio e um final, o que não acontece com os comics americanos como X-MEN ou Superman. Entra ano, sai ano, eles morrem, ressuscitam, mudam, grandes sagas de "arrasar o quarteirão" são anunciadas e no final das contas tudo é um grande círculo vicioso de aventuras sem fim, para aumentar o lucro das editoras, como a Marvel Comics ou a DC. Hoje, compro quando lançam alguma edição especial, com uma compilação boa de histórias e só.


Enquanto na história em quadrinhos, a saga mutante Dias de um futuro esquecido entrou pra história como uma das melhores aventuras dos X-MEN, mostrando um futuro apocaliptico, no qual Wolverine morre e é Kitty Pride quem volta ao passado, com a intenção de avisar os heróis sobre o assassinato do Senador Kelly, nesse novo filme do diretor Brian Singer, o destaque da história fica em torno dos dois queridinhos do momento, Hugh Jackman, Wolverine) e a ganhadora do Oscar, Jennifer Lawrence, a Mística. Ele, por sempre ter sido o mais famoso e querido personagem dos filmes, tendo bem mais destaque do que os outros atores, e Jennifer, obviamente por estar atuando na quadrilogia Jogos Vorazes. Como eu disse, a queridinha do momento.
E embora sim, eu tenha curtido o filme pra caralho e saído do cinema com vontade de comprar outro ingresso e encarar outras quase três horas de projeção novamente, foi fácil pra mim perceber o quanto, diferente da história em quadrinhos, esse filme foi concebido para consertar uma dezena de erros de roteiro que a franquia vem cometendo desde o primeiro filme. O remédio pra isso? Nada melhor do que uma boa viagem no tempo para mudar completamente o futuro dos mutantes e ter a possibilidade de fazê-lo novo nas telas, quase um reboot.


O filme não é ruim, mas poderia ser melhor aproveitado, se não rodasse tanto em torno de Jennifer Lawrence e Hugh Jackman. A maior parte dele se passa na década de 70, quando na verdade ia ser bem mais legal se o mundo devastado pelos Sentinelas (robôs gigantes caçadores de mutantes) no futuro e as empolgantes batalhas dos X-MEN contra essas máquinas assassinas tivesse ganhado mais destaque. Embora soe mórbido, as melhores cenas foram as das mortes dos mutantes no futuro, bizarras e algumas até chocantes, quando por exemplo o Homem de Gelo tem a sua cabeça arrancada e destroçada por um Sentinela ou quando Colossus, o jovem russo com pele de metal é partido ao meio sem a menor piedade. É de tirar o fôlego. Lógico que boa parte do filme se passa no passado, com certeza para a economia de efeitos especiais e, consequentemente, grana, afinal, manter o Mancha Solar pegando fogo o tempo inteiro no filme, o Homem de Gelo que finalmente se tornou realmente um homem "de gelo" e o Colossus reluzindo com sua couraça metálica deve ser dispendioso. Um raio aqui, outro ali, pintar uma mina de azul e fazer um estádio levitar deve sair um "kadin" mais barato, como diria um amigo meu de Minas Gerais.


No geral, como entretenimento, é um ótimo filme, isso se, como eu disse, você ignorar os erros de continuidade e roteiro, como por exemplo o fato de que o Professor Xavier foi desintegrado a nível molecular em X-MEN O confronto final e agora está aí, inteirinho de novo e com a mesma aparência de antes. Há quem diga que a desculpa que o estúdio inventou é que o cara pra o qual ele transferiu sua mente era o irmão gêmeo dele que estava em coma. Maravilha! Todavia, gêmeos à parte, o filme é divertidíssimo, desses que você sai do cinema ou querendo ver de novo ou louco esperando por uma continuação, que é lógico, vai acontecer, já que se você ficar até o final dos créditos vai ver uma cena extra onde é mostrado o inimigo do próximo filme. Estejam preparados para a ERA DO APOCALIPSE!

 



Sobre o Autor:
Eduardo Montanari Nascido e ainda morando na cidade de Bauru, interior do Estado de São Paulo, sou estudante de Design e trabalho como designer e web designer, áreas pelas quais tenho muito interesse.
Amo cinema, quadrinhos e boa música.



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