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Sobre negacionistas acéfalos, braços perfurados, um bom sexo oral e joelhos ralados

terça-feira, 13 de abril de 2021


Conforme previsto por especialistas, o ano de 2021 segue idêntico, se não pior do que o seu antecessor. A mortal pandemia de COVID-19 não apenas continua vigente como piorou bastante. Conforme spoilers dados pelos nossos cientistas pouco tempo depois do início da catástrofe, o número de mortes aumentou e o sistema de saúde entrou em colapso. A realidade está aí, estapeando nossa cara para quem quiser ver, feito um cafetão batendo em sua vadia, a menos é claro que você seja um bolsonarista ou negacionista acéfalo.


Ao longo dos últimos meses algumas vacinas foram criadas, aprovadas e aos poucos as pessoas estão sendo inoculadas ao redor do globo, e embora já tenha sido dito que isso não será o bastante para conter a contaminação, já ajuda bastante. Aqui no Brasil, é claro, a vacinação anda a passos de tartaruga, o que também já era esperado, tendo você um mínimo de intelecto. O Brasil sempre foi um país de merda, mas agora, governado por um psicopata, aí que a coisa desandou de vez. Há quem não veja a hora do cara deixar a presidência, já eu, espero que ele morra sofrendo, da pior forma imaginável, assim como seus asseclas.

Agora no começo do mês de abril tanto minha mãe quanto minha tia conseguiram ser inoculadas com a primeira dose, o que me tirou uma boa parte das preocupações e medos que venho carregando, todavia só vou me tranquilizar mesmo quando elas tiverem seus braços perfurados pela segunda vez. E até o momento elas não sofreram quaisquer tipos de efeitos colaterais, tampouco mutações no DNA ou se transformaram em seres híbridos de humanos com jacaré. Talvez estejam sendo rastreadas pelo governo chinês, não sei, afinal eles com certeza devem ter seus motivos, sejam eles quais forem, para rastrear duas senhoras idosas, de um país medíocre de terceiro mundo, que passam 90% do seu dia limpando a casa, cozinhando ou vendo televisão. De qualquer forma vou ficar atento.

De minha parte estou ansioso para me vacinar por dois motivos: o primeiro deles, é claro, para não correr o risco de morrer caso eu pegue a COVID e também não contaminar meus semelhantes. O segundo é porque eu estou há meses sem sexo. Não que eu seja um garanhão do pântano na cama nem que já tenha tido mais de três parceiros na vida, mas já me disseram que faço um oral bastante satisfatório. Torço para que os meus “peguetes”, como vocês jovens dizem não tenham um padrão baixo do que é, de fato, um bom sexo oral.

Depois de muito relutar decidi iniciar meu curso de Pós-Graduação. Odeio estudar pelo computador, tenho asco em ficar preso dentro de casa, mas o fato é que o tempo, ao contrário dessa mortal pandemia, está passando rapidamente e ficar esperando as coisas melhorarem para poder colocar os planos em prática só está fazendo com que percamos tempo. E como diz minha mãe, "a gente não sabe o que pode acontecer amanhã", a vida é imprevisível, então bora se estressar com trabalhos, prazos, grupos de estudo pouco comunicativos e dores de estômago devido ao nervosismo. Se tudo correr bem, tenho dois anos dessa delícia pela frente e muitos, muitos sábados de estudo, das 9h às 18h.

Se eu disser que estou feliz estarei mentindo. Nos últimos anos tenho ficado apenas satisfeito com as coisas e isso já me basta. Sempre devemos torcer para que não, mas decepções e imprevistos acontecem, é algo natural da vida, então, aprendi a lidar com eles ficando apenas satisfeito com as minhas realizações, assim, caso tropece e caia, não vou cair de muito alto. Melhor só ralar o joelho do que quebrar as pernas. Tenho usado essa mesma filosofia com as pessoas, não esperando muito retorno da parte delas, assim não me decepciono. Não é que eu não ame ninguém ou seja um falso, mas venho aprendendo ao longo dos anos que as pessoas são como são e geralmente elas nos decepcionam por nossa própria culpa, por esperarmos que o outro corresponda às nossas expectativas. Então, quando você aceita que cada um faz o que quer de sua própria vida e age como quer, as coisas ficam mais leves, um pouco pelo menos.


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