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Sobre roupas íntimas não fluorescentes, sábados de sol, novas variantes e futebol.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Depois de quase dois anos, no último sábado, dia 19 de novembro finalmente concluí o meu curso de Pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital. Meu grupo e eu apresentamos o tão temido trabalho final e, no fim do dia, nós cinco e os demais grupos da sala recebemos a notícia de que todos fomos aprovados quase que com louvor, já que, de acordo com os professores e a banca avaliadora, todos os trabalhos estavam muito bons. A verdade é que todos já sabiam que seriam aprovados, mas o medo de não termos feito um bom trabalho, receber alguma crítica negativa demais e o nervosismo de falar em público, para uma plateia mesmo que ínfima, fez com que muitos de nós ficássemos bastante nervosos durante toda a semana antes da data final.

Confesso que não via a hora disso tudo terminar. Apesar de estar feliz por ter conseguido concluir o curso, ter aguentado até o fim, sinceramente já estava de saco cheio de ter de me preocupar com trabalhos todo fim de semana, slides, apresentações e cobranças. Eu até aprendi, ao logo dos anos, a trabalhar razoavelmente bem sob pressão, mas isso não significa que não fique absurdamente desgastado ao fim do processo, quase como se tivesse feito algum esforço físico. Mas agora, com meus sábados livres novamente pretendo esfriar a cabeça, ir mais ao cinema, à piscina, à ginástica e até mesmo dar um pulinho na sauna de vez em quando para tomar uma cerveja, bater papo e copular, isso claro, se essa nova variante da COVID permitir. Ao que parece as coisas estão se complicando novamente.

Já era previsto pelos especialistas que novas variantes da COVID surgiriam e que, com elas, novos casos seriam detectados. E mesmo agora, com o número de mortes reduzido por conta das vacinas, várias internações pela doença são registradas todos os dias e isso tem deixado todos em alerta. Bem, nem todos na verdade, pois para muitos a pandemia já acabou faz tempo ou se tornou apenas uma “gripezinha”, como foi classificada pelo louco ex-presidente Jair Bolsonaro e seus acéfalos asseclas.
Não nego que fique bastante feliz quando o uso de máscaras de proteção facial cobrindo boca e nariz deixou de ser obrigatório, pois apesar de obedecer a tal desígnio cegamente, tal qual um títere manipulado por seu titereiro, como todos, queria que tudo voltasse logo ao normal. Ou pelo menos o mais próximo possível disso.

Entretanto, outra cousa que já era prevista pelos especialistas é que, mesmo com a pandemia já não estando mais em seu ápice, nada mais jamais será como antes, o tão falado “novo normal”. Hoje, eu abro minha gaveta e cuecas e não sinto mais estranheza ao ver dúzias de máscaras amontoadas embaixo da minha jock. Tenho até uma que brilha no escuro. Uma máscara, não uma jock. Até seria legal ter uma jock que brilha no escuro, mas não, não tenho.

Com o aumento dos casos, alguns locais já voltaram a exigir ou, pelo menos, recomendar o uso de máscaras e álcool gel. De minha parte, mesmo a contragosto sinto-me compelido a obedecer, quase como se não pudesse resistir a tal ordem, embora, pensar que depois de quatro doses de vacina o perigo de contágio ainda continua me deixe bastante irritado e deprimido, sei da importância em se proteger, senão por mim, pelos meus entes queridos e amigos, que apesar de serem poucos, me são importantes.

A Copa do Mundo teve início e eu posso afirmar com 100% de certeza que não existe algo no mundo que me interesse menos do que isso. Bom talvez só mulheres, mas vai saber, nunca penetrei uma vagina com meu membro em riste antes, então não posso dizer que seja de todo ruim. É, de fato futebol ganha de longe de qualquer outra cousa. Me importo tão pouco que só fiquei sabendo que esse ano tinha Copa do Mundo porque começou o burburinho e essa coisa de troca de figurinhas. No mais, não tô nem aí pra nada referente ao assunto, não sei em quais dias nossa seleção vai entrar em campo e não estou torcendo pra nenhum time. Bom, na verdade estou sim, para qualquer um que não seja o Brasil, uma vez que sempre faço isso pois adoro ver a decepção de nossos torcedores. Me irrita ao extremo ver a importância que a sociedade dá para algo tão irrelevante.

Como é costumeiro, nos dias de jogo do Brasil todos são dispensados de seus afazeres trabalhistas, o que acho desnecessário para mim particularmente, uma vez que prefiro ter agulhas quentes enfiadas nos olhos a assistir 90 minutos de qualquer jogo de futebol.
Além do resultado desse tão aguardado evento mundial não alterar em nada os rumos da minha vida, uma vez que a seleção pra mim e um peido na água são a mesma cousa, esse período mostra o quanto a sociedade é hipócrita, ao ponto de fechar as portas do comércio e dispensar os trabalhadores para ver um evento televisivo, achando isso a coisa mais normal do mundo, mas na hora de fazer lockdown por causa da COVID dá chiliquinho. Bom, tudo bem, claro que não dá pra comparar o fechamento de um comércio durante 90 minutos de jogo e ser obrigado a ficar de portas fechadas por semanas por conta de uma doença mortal, mas ainda assim esse comportamento social em torno do futebol ainda me deixa nauseado, dependendo do grau.

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